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Dicas

Perda e manutenção de peso

Nutricionista Gabi Lodewijks aponta estratégias para não cair no temido efeito sanfona

Por Redação

19 de novembro de 2020, às 19h28

Perder peso não é um processo fácil, por isso, apenas a possibilidade de reaver todos os quilos eliminados é temido por aqueles que embarcam em dietas. Conhecido como efeito sanfona, a perda e ganho de peso em curtos espaços de tempo podem causar não apenas problemas relacionados à autoestima, como também frustrações e aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Uma pesquisa publicada pelo periódico americano New England Journal of Medicine, apontou que engordar e emagrecer ciclicamente aumenta o risco de problemas cardiovasculares e de morte prematura, em especial nos grupos de risco para doenças do coração, ou pessoas com níveis altos de colesterol.

Caso o processo diminuição da massa corporal tenha sido conquistado com base em dietas restritivas, as chances de engordar novamente são mais altas – Foto: Divulgação

O estudo acompanhou 9 mil pessoas com idades entre 35 e 75 anos de idade e constatou que o vai e vem de apenas 1 quilo já é o suficiente para aumentar o risco de problemas cardiovasculares em 4% e o de morte prematura em até 9%.

A nutricionista Gabi Lodewijks argumenta que, para que o processo de emagrecimento seja duradouro, saudável e respeite o corpo é necessário trocar o pensamento de uma dieta restritiva por uma reeducação alimentar.

“Há um falso achismo de que é preciso cuidar da alimentação apenas quando se quer perder peso. Na verdade, quando você abre mão dessa ideia, entende que a manutenção de peso é constante, pois é um estilo de vida que precisa ser adotado”.

RELAÇÕES EMOCIONAIS
Quando há presença de sentimentos como tristeza, raiva ou culpa, o organismo pode tender a pedir por alimentos mais apetitosos, geralmente aqueles açucarados ou gordurosos.

“Quando esses alimentos são ingeridos, o organismo libera hormônios relacionados ao prazer e ao bem-estar e por isso não é difícil encontrar pessoas que nutrem essa fome emocional, que contribui para o ganho de peso”, aponta.

Nesse cenário, a nutricionista aponta que é preciso parar para se observar e se vigiar.

“Deve-se trabalhar o exercício de se perguntar se você está mesmo com fome, ou se aquele é apenas um momento de fragilidade onde você está buscando um mecanismo compensatório. Com isso, a pessoa se entende primeiro e passa a recorrer a outras formas de resolver seus problemas que não seja a alimentação”, analisa a nutricionista.

CUIDADOS ESPECIAIS
Mesmo quando o peso já foi conquistado, não é prudente se deixar levar pelo “agora vale comer de tudo, já fiz muito sacrifício”. Gabi aponta que a manutenção de peso é um processo que requer constância. Isso não quer dizer que doces e frituras não possam entrar no cardápio. “O consumo deve ser feito de forma esporádica e em porções médias. A questão não é o que você come, mas em que quantidade e frequência”, aponta.

CORPO EM MOVIMENTO
A rotina de exercícios físicos não deve ser uma ação apenas durante a perda de peso. Ao gastar energia, a pessoa não apenas mantém o peso conquistado na reeducação alimentar como também passa a ter mais liberdade de abusar um pouco em uma ocasião especial. “Assim como o controle de peso, manter o corpo em movimento contribui para a diminuição nos riscos de desenvolver doenças crônicas e para a saúde da mente”, recomenda Gabi.

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