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Fique em Casa

Pedagoga dá dicas de brincadeiras para as crianças

Com a impossibilidade de brincar com os colegas da escola ou da rua, ou passear no shopping e parques, entreter essa turminha exige criatividade

Por Débora de Souza

29 de março de 2020, às 07h43 • Última atualização em 02 de abril de 2020, às 11h20

Foto: AdobeStock
“É preciso que o pai e a mãe sentem com elas e brinquem”, diz a profissional

A paralisação das aulas foi uma das primeiras medidas contra a disseminação do novo coronavírus (Covid-19). Férias antecipadas, crianças em casa e os pais… pedem socorro! Com a impossibilidade de brincar com os colegas da escola ou da rua, ou passear no shopping e parques, entreter essa turminha exige criatividade.

Para que a diversão e o desenvolvimento escolar e social não se percam nesses dias, a pedagoga e psicóloga Suzana Cristina dos Reis Caneshi sugere que os pais respirem fundo e se envolvam nas brincadeiras, especialmente com os filhos pequenos. “Não deixe a criança lá com os brinquedos. Elas se cansam de brincar sozinhas. É preciso que o pai e a mãe sentem com elas e brinquem”, diz a profissional.

Para quem possui um quintal ou jardim em casa, a ideia é levar os pequenos para fora e se exercitar. Brincadeiras como pula-corda, amarelinha, peteca, pega-pega e atividades com bola (bobinho, resta um, queimada, chute a gol) são muito bem vindas e ajudam a gastar energia.

Para quem não conta com espaço externo em casa, a ideia é soltar a imaginação e abusar de atividades como mímica, música, pintura, trabalhos manuais e massinha de modelar.

“Os pais podem imprimir alguns desenhos na impressora e ajuda-los a colorir. Pesquisar o passo-a-passo de algum trabalho manual ou a receita de uma massinha de modelar, que é fácil de fazer”, diz Suzana.

Jogos de tabuleiro são uma ótima alternativa para as crianças maiores e adolescentes de quarentena. Para a pedagoga, que também é professora na rede pública de Hortolândia, os jogos ensinam a criança a aguardar a sua vez e a importância do respeito às regras. Os clássicos dama e dominó contribuem ainda com o desenvolvimento da memória e raciocino lógico da criança.

Atividades pedagógicas. Mas há momento para brincar e momento para estudar. De acordo com Suzana é importante que os pais estimulem atividades pedagógicas com os filhos de modo que eles não percam o ritmo escolar ou se esqueçam do que foi visto em sala de aula.

“Às vezes os professores explicam e o aluno fica com dúvida. Quando o pai explica o conteúdo em uma linguagem a qual ele [aluno] está acostumado, ele entende e fixa melhor o conteúdo”, diz.

A quarentena é propícia para estimular o hábito da leitura. “Os pais podem incluir na rotina a leitura de uma história com os filhos e incentivá-los a imaginar como são os personagens, o que irá acontecer a seguir, o que eles entenderam da história, isso estimula a criatividade e a interpretação de texto”, avisa. Caça-palavras, cruzadas, e ditado favorecem o raciocino lógico.

Laços familiares. Embora alguns pais estejam fazendo home office (trabalhando em casa), Suzana pede paciência e para que reservem um período do dia para conversar e brincar com os filhos. “Nós sabemos que a relação entre pais e filhos hoje é muito prejudicada pelos compromissos e correria do dia a dia. Por isso, esse momento com os filhos é muito rico. É uma atividade que tem como pano de fundo o amor, o carinho. E isso é fundamental!”.

15 dias de histórias

O projeto “15 Dias de História” é uma criação da pedagoga Andréia Celegato. O projeto traz uma história diferente a cada dia e atividades que pais e filhos podem fazer juntos em casa. “As brincadeiras são muito importantes para o desenvolvimento da criança, pois ela aprende brincando”, comenta a pedagoga.

“É muito importante aproveitar esse tempo de confinamento para se aproximar mais dos filhos, brincar juntos e estreitar os laços familiares”, continua.

Os vídeos são publicados diariamente nas redes sociais de Andréia (Facebook e Instagram) e há a intenção de estender o projeto até o fim da quarentena.

Agradecimento: Tríade – Clínica de Avaliação Psicológica

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