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Bem-Estar

Pai pra toda obra

Especialista explica quais as principais dificuldades de criar um filho sozinho

Por Jessica Leiras – donacomunicação

17 de setembro de 2021, às 12h56

O pai deve ter o desejo de assumir a responsabilidade sozinho, não direcionando o cuidado para terceiros - Foto: Elina Fairytale - Pexels

Eles não carregaram um bebê por nove meses na barriga e nem sentiram as temidas dores do parto, mas trazem o codinome “pãe” e criam seus filhos sozinhos. Para esses pais, a pergunta que fica é como conciliar os deveres paternos com a vida profissional? A psicóloga Adriana Cabana acredita que onde há amor, há diálogo e transparência. “Cada família encontrará um meio, dentro de suas rotinas e possibilidades, de cuidado com a criança. Se esse processo for feito com compreensão e entendimento, não haverá prejuízos para o psicológico delas”.

Mas como o período de separação pode afetar a vida da criança? Essa e as principais dúvidas sobre o assunto, a psicóloga Adriana Cabana esclarece a seguir. Confira:

Como o período de separação pode afetar a vida da criança?
Toda separação deve ser cuidadosamente tratada de modo ético e responsável pelos pais. As crianças devem entender que o fato dos pais se separarem, nada tem a ver com a falta de amor em relação à criança e muito menos por culpa dela. Deve se deixar claro para os pequenos que a decisão da separação é dos pais e o diálogo sempre será o melhor caminho.

Como o pai deve cuidar do psicológico dele quando assume a responsabilidade da criança sozinho?
Primeiro, deve ter o desejo de assumir essa responsabilidade sozinho, não direcionando o cuidado para terceiros com a função materna, como avós, irmãs e tias. Essas pessoas podem até auxiliar nos cuidados, mas a responsabilidade após a decisão de assumir o filho deve ser do pai. Após ter esta clareza, é preciso sensibilidade para trabalhar a ausência de mãe com muita transparência e diálogo, sempre colocando os motivos reais da separação, dentro da realidade psíquica da faixa etária de cada criança para que ela tenha o entendimento.

Como contar para a criança que agora a imagem de pai e mãe é somente do pai? E o que fazer para que ela não sofra com a separação?
A melhor maneira é utilizar sempre o diálogo e, dependendo do motivo da separação, estabelecer estratégias de presença da mãe. Independente dos motivos da separação, toda criança tem uma mãe. Em casos de divórcios, devemos respeitar as visitações. Em caso de óbito, devemos manter a presença da mãe no imaginário da criança.

Em quais casos a guarda da criança fica com o pai?
Há alguns casos em que a guarda da criança fica com o pai, como os de decisão judicial, acordo entre o casal após a separação ou em casos de óbito.

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