Comida
O que fazer com as sobras das festas?
Acondicionar alimentos corretamente aumenta sua durabilidade e faz bem para o bolso
Por Redação
03 de janeiro de 2021, às 08h14 • Última atualização em 03 de janeiro de 2021, às 08h15
Link da matéria: https://liberal.com.br/mais/bem-estar/o-que-fazer-com-as-sobras-das-festas-1401554/
As celebrações de Natal e Ano Novo são sempre sinônimos de aglomeração em família, mas neste ano nem todos poderão passar a data juntos por conta do isolamento social causado pela pandemia. No entanto, uma coisa é certa: terá muita comida na mesa e, assim como todo ano, as sobras dos alimentos devem durar para além das ceias.
Segundo o estudo Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Embrapa e o programa Sem Desperdício da União Europeia, revelou que o Brasil joga fora, por pessoa, 42 quilos de comida por ano. Logo, em uma família, o estudo revela o desperdício de 128 quilos de alimentos por ano.
O efeito causa impactos sociais, econômicos e ambientais. A produção e colheita dos alimentos afetam o campo em que foram plantados e, a partir disso, no momento em que a comida é desperdiçada, tal dano ambiental foi causado em vão. Além da perda de dinheiro investido.
Para reduzir a quantidade de comida que vai parar no lixo depois das festas de fim de ano, o ideal é reutilizar os alimentos para criar outros pratos e garantir o almoço da semana toda. Para que isso seja possível é preciso manter tudo bem refrigerado e acondicionado em embalagens plásticas. Desta forma, a comida será conservada e sua durabilidade aumentará consideravelmente.
COMO CONSERVAR
Alimentos assados, cozidos e fritos podem ser congelados. O ideal é refrigerar as sobras das refeições em pequenas porções individuais. Além disso, é relevante escolher o recipiente correto, já que as embalagens adequadas influenciam na durabilidade dos produtos.
A diretora de Comércio Exterior e Marketing da Alpfilm, Alessandra Zambaldi, informa que para congelar alimentos, o mais indicado é utilizar sacos plásticos herméticos que impedem a entrada de ar e previnem a contaminação por fungos e bactérias.
“Um fator determinante para garantir maior durabilidade dos alimentos na geladeira é escolher adequadamente os recipientes que serão utilizados. O ideal é fazer uso de recipientes para conservar o alimento e vedar com tampa ou caso não houver, com embalagens plásticas, material com micropartículas de prata com propriedade bactericida e fungicida. Assim, além de não ocorrer absorção de umidade, a embalagem também impedirá a entrada de bactérias e fungos. A proteção é ainda mais relevante por conta da pandemia em que estamos vivendo, pois este produto também possui capacidade de inativar o novo coronavírus”, conta a diretora.
Além disso, o uso de etiquetas nas embalagens facilita a diferenciação dos alimentos. A identificação traz maior praticidade na hora de retirar o alimento do congelador. A diretora indica que seja anotado o prazo de validade para certificar-se de consumi-lo em bom estado.
Alimento quente no congelador
Apesar do que muitas pessoas acreditam, não é necessário esperar que o alimento esfrie para inserir no congelador.
“Esperar a comida esfriar para congelá-la pode reduzir o tempo consumo e isso acontece porque, quando em temperatura ambiente, o alimento fica mais exposto à contaminação por fungos e bactérias. Por isso, o ideal é não aguardar mais que duas horas para levar o prato ao freezer”, explica.
Recongelar o alimento também não é indicado: depois de descongelar um alimento, não o leve de volta ao freezer. A diretora afirma que quando em contato com o ar em temperatura ambiente, o nível de proliferação de micro-organismos aumenta. Desse modo, quando recongelada, a comida possuirá uma carga microbiana muito maior, podendo causar intoxicações alimentares após o consumo.
Evitar o desperdício de alimentos, além de ser a opção mais inteligente e econômica, também contribui para o meio ambiente com o uso consciente dos recursos naturais e maior sustentabilidade.