29 de março de 2024 Atualizado 08:41

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Dependência química

O que é e como funciona uma internação involuntária

Ela se faz necessária especialmente em casos de riscos à vida do dependente e da sociedade

Por Redação

20 de junho de 2020, às 09h14 • Última atualização em 20 de junho de 2020, às 09h15

A internação involuntária, normalmente, é feita através de familiares ou responsáveis diretos e a pessoa que solicita pelo internamento precisa assinar um termo de autorização. É um grande desafio não somente para o dependente, mas também para a família que tem sua harmonia atingida.

Ultimamente, muito se tem falado sobre a nova lei de internação involuntária para amenizar e controlar o abuso de substâncias químicas e os danos causados a família do dependente.

A dependência química é uma realidade que precisa ser tratada da melhor maneira possível tendo em vista que muitas famílias passam por essa situação – Foto: Divulgação / Pexel

Anteriormente a lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006 apresentava como opção inicial apenas a internação voluntária em comunidades terapêuticas, ou seja: “aquela que se dá com o consentimento do dependente de drogas.” Porém, houve mudanças com a lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.

A nova lei nº 13.840, de 5 de junho de 2019 permite a internação involuntária, ou seja, aquela que se dá sem o consentimento prévio do dependente.

Porém, somente deve ser realizada em unidades de saúde ou hospitais com equipes multidisciplinares obrigatoriamente autorizadas por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do Estado onde se localize o estabelecimento onde a internação será feita.

Sendo assim, não tem necessidade de autorização judicial, mas deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável. Neste caso, as comunidades terapêuticas não têm permissão para realizar este tipo de internamento.

A nova lei proporcionou a internação sem tantas burocracias, o que tornou mais ágil o socorro à pessoas dependentes com riscos a sua própria vida e de outras pessoas e que geralmente não têm condições de reconhecer a gravidade do problema que enfrentam.

SOLUÇÕES
Diante das consequências que a falta de tratamento e internação proporcionam, surge a necessidade de soluções eficazes para esse problema.

Mesmo que o processo de solicitar a internação seja doloroso, principalmente pelo fato do dependente se revoltar e não querer o tratamento, é preciso pensar no benefício que a intervenção trará para ele e sua família.

Além disso, é necessário considerar que o dependente não tem noção de como o uso de drogas afeta sua vida. Contudo, depois do tratamento intensivo, quando estiver em sã consciência, sem dúvidas será muito grato pela mudança para melhor que a intervenção fará em sua vida.

Por isso, a solução mais eficaz para um dependente é passar pela avaliação de um médico especializado e capacitado para decidir pelo tipo de tratamento ou até mesmo pela internação.

Vale destacar que a internação tirará o usuário do ambiente de risco em que se encontra e do convívio com pessoas que podem influenciá-lo ao uso de drogas.

Ademais, se este for o caso, a internação involuntária certamente ajudará a equilibrar a vida de pessoas em crise a voltar a serem quem eram antes de se tornarem dependentes.

O principal a ser feito é reconhecer quando um familiar dependente precisa de ajuda e auxiliá-lo com tomada de decisão necessária para prevenir que o indivíduo se afunde na dependência e tenha sua vida comprometida por conta dela.

Fonte: www.clinicaliberty.com br

Não internar um dependente crônico pode resultar em consequências

  • Falta de comprometimento com as atividades diárias;
  • Perda da vida social;
  • Mudança no relacionamento familiar;
  • Perda de controle financeiro;
  • Manipulação e furtos para comprar a substância química em que é dependente;
  • Qualquer evento é motivo para usar a droga.

Publicidade