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Bem-Estar

Dicas para evitar as lesões nos dentes

Hábitos como bochechar uma bebida ácida antes de engolir e consumir ácidos antes de dormir aceleram degradação do dente

Por Da Redação

04 de agosto de 2019, às 10h13

Os ácidos presentes em comidas e bebidas, como sucos cítricos, refrigerantes, álcool e comida processada/refinada são um dos principais tipos de fontes responsáveis pela biocorrosão dos dentes, que é a perda da estrutura dental provocada por um processo químico de dissolução do esmalte por ácido, sem envolvimento de bactérias.

Foto: Adobe Stock
Os ácidos presentes em comidas e bebidas são um dos principais tipos de fontes responsáveis pela biocorrosão dos dentes, que é a perda da estrutura dental

De acordo com Luis Calicchio, odontologista e sócio-diretor da Clínica Ateliê Oral, em São Paulo, a deficiência na produção de saliva, conhecida como xerostomia, é outro fator que predispõe pacientes à corrosão, pois ela tem um papel importante na proteção contra os agentes ácidos.

O especialista ainda alerta: “A biocorrosão, aliada à fricção e à tensão colocada na mordida, principalmente à noite durante o sono, período em que não existe um controle dos mecanismos conscientes, pode causar micro trincas na região cervical (próxima da gengiva e do esmalte dos dentes) e provocar, em pouco tempo, as chamadas lesões cervicais não cariosas (espécie de depressão no esmalte do dente) e a hipersensibilidade dentinária, que são, hoje, as doenças de maior incidência na boca do ser humano, chamadas de “mal do século”, com cerca de 80% da prevalência em pessoas jovens e de meia idade”, diz Calicchio.

Para controlar a erosão, é indicado esperar 30 minutos para escovar os dentes depois de consumir ácidos, evitando, assim, a ação abrasiva das pastas dentais na superfície ainda amolecida do dente.

Outras recomendações para evitar a degradação são: evitar bochechar a bebida antes de engolir e também evitar consumir bebidas ácidas antes de dormir, quando os efeitos protetores da saliva estão reduzidos.

Grupos de risco

Confira quais são os grupos considerados de risco para as doenças bucais do século 21

  • Usuários de aparelhos ortodônticos – o movimento ortodôntico, por si só, gera tensão nos dentes. Por isso, precisam de acompanhamento com profissional competente
  • Esportistas – que fazem alimentação com suplementos que são extremamente ácidos
  • Usuários de pastas clareadoras sem recomendação de especialista
  • Pessoas com alto nível de estresse
  • Usuários de medicamentos antidepressivos
  • Pessoas que sofrem de bulimia ou com vômitos crônicos, pois o ácido clorídrico produzido no estômago dissolve o esmalte dos dentes.

Dicas

Para você não sofrer o desgaste nos dentes, o que pode ocorrer sem perceber, os especialistas do Ateliê Oral reuniram 9 recomendações fáceis de adotar.

  • Evitar deixar bebidas ácidas por longo tempo na boca. Quando possível utilizar canudo.
  • Evitar escovar os dentes imediatamente após a ingestão de alimentos e bebidas ácidas e enxaguar a boca com água após a ingestão.
  • Encerrar as refeições com alimentos ricos em cálcio, como queijo, após a ingestão de alimentos ácidos.
  • Evitar alimentos ácidos tarde da noite, período de diminuição do fluxo salivar.
  • Evitar jejum prolongado, a fim de manter o P.H da saliva.
  • Beber água durante o dia para contribuir com a diluição de alimentos na boca.
  • Evitar ingestão de frutas ácidas e fontes de fibras, barra de cereal, sem ingestão de água subsequente.
  • Evitar ingestão diária de gomas de mascar não cariogênica devido aos seus ingredientes ácidos.
  • Ao comer frutas, escolha as menos ácidas e aquelas com textura mais macias.

Fique por dentro

Lista de alimentos e bebidas ácidas em ordem decrescente de acidez

Refrigerante; Bebidas energéticas; Álcool; Açúcar; Bebidas gaseificadas; Comida processada/refinada; Sucos Cítricos; Sorvete; Pipoca; Carne; Café; Queijo Amarelo; Chá; Adoçantes artificiais; Massa; Pão; Suco de fruta pasteurizado; Ovos; Peixe; Arroz; Leite de soja; Aveia.

Fonte: livro “Lesões cervicais não Cariosas e Hibersensibilidade dentária” – de Paulo Vinicius Soares e John Grippo (2017)

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