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6 de junho

Dia Nacional do Teste do Pezinho

A importância do exame para detectar doenças importantes nos primeiros dias de vida dos bebês

Por Da redação

06 de junho de 2020, às 09h33

Hoje, 6 de junho, o Brasil celebra o Dia Nacional do Teste do Pezinho, que faz parte do Programa de Triagem Neonatal (PNTN) e está disponível na saúde púbica (SUS), ou seja, é um direito de toda criança ao nascer e consegue diagnosticar até sete tipos de doenças, algumas raras, logo nos primeiros dias de vida do bebê.

Simples e pouco invasivo, o exame, realizado por meio de uma gota de sangue coletada do calcanhar do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida, é de extrema importância para o desenvolvimento saudável das crianças.

TESTE DO PEZINHO É fundamental para o início do tratamento específico para eliminar ou diminuir sequelas nas crianças – Foto: Divulgação

Obrigatório no Brasil desde 2001 pela Lei número 822, tem o objetivo da detecção precoce de patologias genéticas, infecciosas e hematológicas e, em sendo assim, é fundamental para o início do tratamento específico para eliminar ou diminuir sequelas nas crianças.

Ressalta-se que a triagem neonatal é fundamental porque, por meio deste teste, é possível termos a detecção, diagnóstico e a intervenção precoce que podem prevenir a morte ou incapacidade das crianças. Porém, existe uma doença muito grave, chamada de Atrofia Muscular Espinhal (AME) que ainda não está contemplada no PNTN.

Trata-se de um dos distúrbios genéticos letais mais comuns, com incidência de aproximadamente um a cada 10.000 nascidos vivos, uma condição em que os pacientes perdem neurônios motores responsáveis pelas funções como respirar, engolir, falar e andar.

Para Diovana Loriato, presidente do Instituto Nacional da Atrofia Muscular Espinal (INAME), é vital a incorporação da AME no PNTN.

“Essa discussão é urgente porque estamos falando de uma doença degenerativa e, assim, quanto mais cedo a criança for diagnosticada, mais cedo receberá a terapia adequada. Se tratada antes do aparecimento dos sintomas, maiores serão as chances do sucesso do tratamento”, complementa Loriato.

“A AME é uma doença grave e fatal com grande impacto econômico e social. É causada pela perda irreversível dos neurônios motores na medula. Atualmente, existem tratamentos capazes de evitar a progressão da doença e, assim, manifestações mais graves como e ventilação permanente”, explica Vanessa Van Der Linden, neuropediatra do Centro de Referência em Doenças Raras de Pernambuco.

A especialista complementa dizendo que se faz necessário a implementação de Triagem Neonatal em todo território nacional visando diagnosticar bebês com AME em uma fase anterior ao início das manifestações clínicas da doença para que, assim, possamos salvar mais vidas.

Sobre a Atrofia Muscular Espinhal

A AME é uma doença rara causada pela deleção do gene SMN. Crianças com AME Tipo 1 representam de 50% a 60% dos casos e perdem rápida e irreversivelmente os neurônios motores responsáveis pelas funções musculares.

“Quando não diagnosticada e tratada a tempo, os músculos do bebê vão enfraquecendo progressivamente, o que pode levar à paralisia ou morte, na maioria dos casos até os dois anos de idade. A doença é a principal causa genética de morte em bebês.

Alguns tratamentos com o apoio multidisciplinar – tais como fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, entre outros- são capazes de reduzir complicações e sintomas e até impedir o agravamento das doenças raras.

Fonte: www.novartis.com

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