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A voz da torcida

Quem vence o Paulistão? Torcedores dos ‘quatro grandes’ do Estado fazem apostas

Ouvidos pelo LIBERAL, torcedores explicam porque os times do coração podem brigar pelo título do estadual

Por Rodrigo Alonso

23 de janeiro de 2022, às 08h07 • Última atualização em 23 de janeiro de 2022, às 08h40

O futebol, é claro, se faz com jogadores, mas também não se pode esquecer dos torcedores, que são aqueles que simbolizam e sustentam a atratividade do esporte.

Com a abertura da temporada 2022, que terá como pontapé inicial o Campeonato Paulista a partir deste domingo, o LIBERAL ouviu um torcedor de cada um dos “quatro grandes” do Estado, e todos acreditam que seus clubes podem chegar ao título.

Além de falarem suas expectativas para o torneio, as personalidades ouvidas também contaram um pouco sobre suas relações com os times do coração. São diferentes relatos e experiências, que dão uma dimensão da relevância do futebol, capaz de movimentar pessoas de todas as idades, profissões e classes sociais.

Enfim, está dada a largada para o Paulistão 2022, e que venham novas histórias para os torcedores americanenses.

Felipe Bardi – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Felipe Bardi, velocista olímpico, torcedor do Corinthians

Acredita que o Timão tem tudo para chegar às finais do Campeonato Paulista, ainda mais com o retorno do veterano Paulinho. Bardi lembra com carinho da primeira passagem do jogador, que foi multicampeão pela equipe.

Era um dos protagonistas, inclusive, do histórico título mundial de 2012. “Acho que é o título que o corintiano nunca mais vai esquecer, inclusive o da Libertadores”, diz o velocista, que, se tiver uma brecha em sua agenda no atletismo, tentará ir ao estádio para ver o Corinthians no Paulistão.

O atleta nasceu rodeado por corintianos na família e, desde sempre, torce pelo time. Não tem ido tanto aos jogos como antes, até por conta de sua rotina de treinos e competições, mas a paixão segue a mesma.

Na infância, também costumava ganhar camisetas alvinegras do seu falecido tio Coutinho, que trabalhava como roupeiro no clube. “Todo mundo me ensinou a torcer para o Corinthians”, disse.

Chico Sardelli – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Chico Sardelli, prefeito de Americana, torcedor do Palmeiras

Está confiante no título do Campeonato Paulista. Coloca suas fichas, principalmente, na qualidade de nomes como Dudu, Raphael Veiga e Rony. Mas também confia no pessoal lá de trás. Citou como exemplo Kuscevic, Luan, Mayke e Jorge, além do recém-chegado Murilo, que veio do Lokomotiv, da Rússia.

O chefe do Executivo em Americana dá créditos, ainda, para o treinador português Abel Ferreira, que, na visão de Chico, tem se destacado à frente do Verdão.

A confiança é tanta, que o prefeito também prevê a equipe brilhando no Mundial de Clubes, em fevereiro. “Não tenho dúvida nenhuma”, diz.

Palmeirense desde que se conhece por gente, Chico lembra ter trabalhado por meses, durante a adolescência, para comprar sua primeira camiseta alviverde, no Centro de Americana. “Não era a camisa oficial do time, mas era a minha favorita, e usei até o fim”, conta.

Xororó – Foto: Arquivo / O Liberal

Benedito Aparecido Fusco, o Xororó, supervisor de futebol do Rio Branco, torcedor do Santos

Vê o Peixe como uma quarta força para este Paulistão, mas isso não o impede de sonhar com a taça. Para ele, mesmo com um elenco não tão badalado, o time pode surpreender na reta final. “Vai brigar por título sim”, destaca.

Sua esperança se baseia na chegada de reforços como Ricardo Goulart e Eduardo Bauermann, e também na recuperação do craque Marinho, que tem sofrido com contusões desde a temporada passada.

Santista desde moleque, Xororó se apaixonou pelo clube ouvindo rádio em sua cidade natal, Cornélio Procópio, no Paraná. Tem boas lembranças dos Meninos da Vila de 1978, que venceram o Estadual com nomes como Pita, Nilson Batata e João Paulo.

O supervisor passou a acompanhar e torcer pela equipe sozinho, sem influência da família. “Eu ouvia os comentários daquele esquadrão que o Santos tinha”, conta. Hoje, sua paixão pelo Santos se estende para seus filhos.

Michele Trevisan – Foto: Divulgação

Michele Trevisan, mentora de personal organizers e jornalista, torcedora do São Paulo

Torcedora do atual campeão, acredita no bi, mas faz uma ressalva: que comemore com moderação. O apontamento se refere a um aprendizado de 2021, quando o time venceu o Paulistão, encerrando um jejum de títulos, mas depois não fez mais nada.

Michele também torce pelo fim de mais um tabu: a conquista da Copa do Brasil. A são-paulina gostou dos reforços contratados, em especial Patrick e Nikão, e está confiante. No entanto, seu medo é o extracampo. “Que a política do clube não atrapalhe”, diz.

Filha de corintiano, a jornalista se encantou pelo time do avô. Sua maior lembrança vem de 2005, quando Rogério Ceni brilhou com dois gols em goleada por 4 a 0 sobre o Tigres, do México.

Ela chegou a ir ao Morumbi no dia, mas não conseguiu ingressos. Porém, do lado de fora, foi possível acompanhar por meio dos gritos. “Foi muito emocionante viver aquilo com apenas 14 anos”, recordou.

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