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+ Esportes

Pilotos se dividem sobre possível mudança do GP do Brasil para o Rio de Janeiro

Por Agência Estado

14 de novembro de 2019, às 14h15 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h42

A eventual transferência do GP do Brasil de Fórmula 1 para o Rio de Janeiro, a partir de 2021, causou divisão entre os pilotos no autódromo de Interlagos, em São Paulo, nesta quinta-feira. Presentes na tradicional entrevista coletiva que abre a etapa, o mexicano Sergio Pérez, o australiano Daniel Ricciardo e o polonês Robert Kubica disseram ser a favor da mudança. Já o finlandês Valtteri Bottas e o francês Romain Grosjean lamentaram a possível alteração de sede da corrida.

“Nunca estive no Rio, mas posso dizer que incluir novas pistas é algo que sempre os pilotos. Todos estão sempre ansiosos por novos desafios. Embora o circuito tenha uma volta curta aqui, eu sempre gosto de pilotar aqui. As provas são sempre empolgantes, por diversos motivos”, disse o experiente Kubica, da Williams.

Piloto da Racing Point, Pérez também fez elogios às corridas, mas não deixou de se animar com uma prova em outra cidade. “Estou sempre ansioso por novos traçados, principalmente se for um bom circuito. Como disse Robert, aqui os domingos são sempre movimentados, sempre acontece algo. Se isso (mudança de cidade) acontecer, será algo bom para a F-1”.

Sem nunca ter subido ao pódio no Brasil, Ricciardo disse que não seria contra a transferência. “Acho que ir para o Rio seria legal. Nunca estive lá, é uma outra parte do mundo a conhecer. Mas o mais importante é que o Brasil continue recebendo um GP porque tem muita história neste esporte. Seria um novo desafio, um novo circuito. Deve ser legal. Eu não seria contra essa mudança”, comentou o piloto da Renault.

Na sua opinião, o traçado paulistano é muito curto, sem curvas de alta velocidade. “Lembra muito a pista local de Perth (cidade natal de Ricciardo), na verdade. As curvas são parecidas, a pista é curta e a volta é muito rápida. Eu adoraria se eles fizessem um acréscimo na pista, se possível. Mais algumas curvas, tornaria mais empolgante. Qualquer tipo de curva de alta velocidade porque isso é algo que eu sinto que falta. Tem trechos técnicos, as curvas 1 e 2 são legais, mas não é muito rápido. Falta uma curva desafiadora. Está no meu Top 20”, disse, em tom de brincadeira.

Por outro lado, Bottas lamentou a possível saída do GP de Interlagos. “Acho que esta é uma pista muito icônica. Faz parte da F-1 há um bom tempo. Foram muitas corridas lendárias aqui. Seria uma pena não correr mais aqui. Mas, ao mesmo tempo, seria legal continuar a correr no Brasil, pelo menos. O Brasil precisa seguir no calendário, com todo o apoio e paixão dos fãs”, afirmou o finlandês da Mercedes, vice-campeão por antecipação da atual temporada.

Grosjean, da Haas, definiu o autódromo de Interlagos como um dos seus três favoritos. “Interlagos é um dos meus circuitos favoritos, ao lado de Suzuka (Japão) e Spa (Bélgica). Eu sentiria falta”, disse o piloto, que também disse se animar com a possibilidade de correr em um novo traçado. “Não sei como seria no Rio, mas por que não? Mas o mais importante é que a gente continue correndo no Brasil”.

A Fórmula 1 tem contrato com a cidade de São Paulo até 2020. Mas a capital paulista ganhou a concorrência do Rio de Janeiro neste ano para receber a prova a partir de 2021. Assim, as duas cidades estão negociando com a organização da F-1. Ambas dizem estar perto de um acerto para vínculos de até 10 anos.

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