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Covid-19

Comitê Olímpico dos EUA abandona cautela e pede adiamento dos Jogos de Tóquio

Por Agência Estado

23 de março de 2020, às 22h49 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h34

O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos mudou o discurso nesta segunda-feira e engrossou o coro das entidades e dos atletas que estão pedindo o adiamento dos Jogos de Tóquio, marcados para o fim de julho. O comitê, um dos mais poderosos do mundo, aumentou a pressão em razão do crescimento de casos do novo coronavírus no país e também no mundo.

Com esta decisão, a pressão fica ainda mais forte sobre o Comitê Olímpico Internacional e sobre o Comitê Organizador de Tóquio-2020, que vêm hesitando sobre uma decisão. No fim de semana, o COI admitiu pela primeira vez a possibilidade de adiar os Jogos. A entidade disse que vai avaliar todos os cenários e anunciar uma decisão num prazo de um mês.

Poucas horas depois, os Comitês Olímpicos do Canadá e da Austrália anunciaram que não enviariam seus atletas para a capital japonesa em razão do risco de contaminação por covid-19. Na sequência, o canadense Dick Pound, um dos integrantes mais antigos da cúpula do COI, disse à imprensa que a entidade já havia decidido internamente adiar o megaevento.

Antes disso, diversas entidades nacionais e federações internacionais já haviam manifestado o desejo de disputar os Jogos Olímpicos em outra data. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi o primeiro a pedir publicamente o adiamento, no sábado.

Até então, os dirigentes esportivos dos EUA mantinham uma postura mais cautelosa, pedindo mais tempo para avaliar a situação e observar como se daria o crescimento da pandemia. Na noite desta segunda, contudo, o discurso mudou, em razão da pressão dos próprios atletas norte-americanos.

O Comitê Olímpico disse ter feito pesquisa com 1.780 atletas nos últimos dias. E eles teriam reclamado das condições de treino em tempos de pandemia, isolamento social e quarentena. Para efeito de comparação, os Estados Unidos enviaram 555 atletas para a última edição dos Jogos, no Rio de Janeiro, em 2016.

“Nossa mais importante conclusão nesta ampla pesquisa com os atletas é que, mesmo que a situação de preocupação significativa com a saúde seja aliviada até o verão (no hemisfério norte), a enorme ruptura que está acontecendo no ambiente de treino, nos testes antidoping e no processo de classificação olímpica não pode ser superada de uma forma satisfatória”, alegou o comitê da maior potência olímpica da história, em breve comunicado.

“Sendo assim, está mais claro do que nunca que o caminho em direção ao adiamento é o mais promissor e nós encorajamos o COI a percorrer todos os degraus necessários para garantir que os Jogos sejam conduzidos de forma segura e justa para todos os competidores”, disseram as autoridades esportivas americanas.

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