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Covid-19

Combate ao coronavírus ganha apoio e doações de atletas e entidades

Por Agência Estado

19 de março de 2020, às 07h00 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h34

Foto: Serviço de Imprensa do Presidente da Rússia
No futebol, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou na terça-feira a doação de US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) para a OMS

A pandemia do novo coronavírus levou atletas e entidades esportivas de diversas modalidades a se mobilizarem para ajudar no combate ao avanço da doença. Até agora, foram doados pelo menos R$ 170 milhões para hospitais, Organização Mundial da Saúde (OMS) e funcionários que estão sem trabalhar por causa da paralisação das competições. A quantia deve aumentar nos próximos dias, com mais esportistas engajados na luta contra o vírus. Há ainda valores de doações não divulgados ou que ainda não podem ser calculados.

No futebol, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou na terça-feira a doação de US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) para a OMS. Além disso, abriu a possibilidade de criação de um Fundo Global de Assistência ao Futebol para ajudar membros da modalidade que estão sendo afetados pela crise causada pelo coronavírus.

O zagueiro Leonardo Bonucci, da Juventus, doou 120 mil euros (R$ 660 mil) para o hospital Città della Salute, em Turim. Os médicos deste hospital foram os responsáveis por uma cirurgia no filho do jogador, Matteo, então com dois anos em 2016. De acordo com a unidade de saúde, “os recursos serão alocados na compra de duas máquinas de ultra-som portáteis e também para a compra de cerca de 50 máscaras de filtro de circuito de ar, reutilizáveis, com o material de reposição por cerca de dois meses de trabalho”. O capitão do Napoli, Lorenzo Insigne, doou 120 mil de euros (R$ 550 milhões) para hospitais da região de Nápoles.

Não são apenas atletas que se mobilizaram. Torcedores do Napoli doaram a um hospital da região o valor do reembolso dos ingressos que haviam sido comprados para a partida de volta contra o Barcelona, na Espanha, pela Liga dos Campeões. Antes, torcedores do Atalanta já tinham se mobilizado para doar o valor recebido pelas entradas da partida contra o Valencia, que foi realizada sem público na Espanha.

Ainda na Itália, país europeu mais afetado pelo coronavírus, o ex-presidente do Milan e ex-primeiro-ministro país, Silvio Berlusconi, doou 10 milhões de euros (R$ 55 milhões) para hospitais de Lombardia, na região norte. O dinheiro será usado para a realização de unidades com 400 leitos de terapia intensiva.

O meia francês Paul Pogba, do Manchester United, foi além: lançou uma campanha pela internet para arrecadar fundos e prometeu que, se as doações ultrapassassem 30 mil euros (R$ 170 mil), contribuiria com a mesma quantia.

BASQUETE – Primeiro jogador da NBA a ser diagnosticado com coronavírus, o pivô francês Rudy Gobert doou US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões) para ajudar no combate à doença. “Eu sei que as pessoas foram afetadas de incontáveis maneiras. Essas doações são um pequeno gesto que refletem meu apreço e meu apoio a todas essas pessoas e são o primeiro de vários passos que pretendo dar para fazer a diferença de um modo positivo”, disse.

Gobert distribuiu o valor de maneira a atender setores que ele considera importantes. Assim, US$ 200 mil (R$ R$ 1 milhão) foram destinados a trabalhadores do ginásio em que o Utah Jazz manda seus jogos e foram afetados pela suspensão das partidas; famílias afetadas pela pandemia em Utah e famílias de Oklahoma City repartirão US$ 100 mil (R$ 500 mil) em cada localidade; e outros US$ 100 mil vão ser enviados à França para socorrer vítimas da pandemia no seu país natal.

Karl-Anthony Towns, pivô do Minnesota Timberwolves, fez uma doação de US$ 100 mil (R$ 500 mil) a uma clínica que começou a implementar testes para detectar o coronavírus. Como a temporada da NBA está paralisada, os funcionários dos ginásios estão sem trabalhar e consequentemente sem receber. Por isso, jogadores se mobilizam para ajudar financeiramente os profissionais que trabalham nas arenas.

O primeiro foi o ala-pivô Kevin Love, do Cleveland Cavaliers, com doação de US$ 100 mil (R$ 500 mil). A atitude foi seguida por outros jogadores, como Giannis Antetokounmpo, do Milwaukee Bucks, que doou a mesma quantia. A lenda do basquete e hoje dono do Charlotte Hornets, Michael Jordan anunciou que vai fazer doações junto dos jogadores da equipe para os funcionários, mas não especificou os valores.

Franquias como o Milwaukee Bucks, Golden State Warriors e o Minnesota Timberwolves também se engajaram à campanha. O Milwaukee anunciou que vai igualar cada pagamento realizado por algum jogador aos funcionários dos ginásios e o Golden State e o Minnesota doaram US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) cada.

OUTROS ESPORTES – As doações também estão vindo da Fórmula 1 – a família dona da Ferrari anunciou a doação de 10 milhões de euros (R$ 55 milhões) para o governo italiano investir em equipamentos médicos e no auxílio aos infectados pela pandemia -, de tenistas como a romena Simona Halep e o espanhol Rafael Nadal e de astros do futebol americano e do beisebol.

Russell Wilson, quarterback do Seattle Seahawks, vai doar 1 milhão de refeições para pessoas que foram afetadas de alguma maneira pela pandemia. A Major League Baseball e a MLB Players Association (associação dos atletas) também se juntaram na luta contra a fome e doaram US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) para instituições que lidam com a causa.

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