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Lima 2019

Americana integra equipe de ouro do basquete no Pan

Débora Costa, Iza Sangalli e Stephanie Soares, que são nascidas em Americana, estavam entre as 12 jogadoras da seleção campeã no Peru

Por Rodrigo Alonso

13 de agosto de 2019, às 08h37 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h44

Americana estava em peso na seleção brasileira de basquete feminino que, neste sábado, conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Das 12 jogadoras do elenco, três nasceram na cidade: Débora Costa, Iza Sangalli e Stephanie Soares.

Em entrevista ao LIBERAL, Débora e Iza afirmaram ter feito história, principalmente porque o Brasil, nessa modalidade, não era campeão pan-americano desde 1991.

Foto: Divulgação
Adriana Santos, Iza Sangalli, Virgil Lopez e Débora fazem parte do grupo vencedor da seleção brasileira na final contra os EUA

“Entramos para a história. Fazia 28 anos que o Brasil não vencia. A gente espera que isso dê um ‘up’ na nossa modalidade, que a gente possa ver mais meninas vindo fazer basquete, que o Brasil consiga uma visibilidade maior”, disse Iza, ala do Ituano.

O Brasil venceu os Estados Unidos na final, por 79 a 73. Titular da seleção, Débora anotou oito pontos no confronto, com duas cestas de três e uma de dois. “Fiquei muito feliz. Acredito que seja um dos títulos mais relevantes da minha carreira. Muito feliz também por ter participado e ajudado bastante o Brasil nessa conquista, por ter feito um bom campeonato, e também pela história que a gente fez”, afirmou a jogadora, que é armadora do Sesi Araraquara.

Segundo Iza, agora, a seleção já começa a se preparar em busca da classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. “É disso que a gente vai em busca, de coisas maiores e melhores”, comentou a lateral de 24 anos.

Débora também faz projeções para o futuro. Para a atleta de 28 anos, o título pan-americano pode ser o início de uma sequência de conquistas.

“Espero que seja, daqui para a frente, um motivo a mais para o basquete continuar sobrevivendo e seja mais valorizado. E que esse título venha a acender e trazer mais conquistas daqui para a frente”, apontou a jogadora.

Caçula da seleção, Stephanie era reserva da equipe, mas teve participação em todos os jogos. Ela foi, inclusive, a cestinha da partida contra o Paraguai, que terminou com vitória brasileira pelo placar de 81 a 37. Na ocasião, a ala-pivô de 19 pontos marcou 15 pontos. Stephanie joga no basquete universitário dos Estados Unidos, pela The Master’s University.

Comissão técnica

Campeã pan-americana em 1991, a ex-jogadora de basquete Adriana Santos, que reside em Americana, repetiu o feito neste sábado, desta vez como gerente técnica. Nos Jogos de Lima-2019, no Peru, ela trabalhou acompanhada pelo marido, o francês Virgil Lopez, assistente técnico da seleção.

Adriana participou dos dois últimos títulos pan-americanos conquistados pelo Brasil no basquete feminino. Em 1991, a ex-atleta estava em quadra ao lado de nomes como Hortência e Magic Paula. Ela voltou a colocar a medalha de ouro no pescoço 28 anos depois.

“Para mim, acima de ser bicampeã pan-americana, é tudo que a gente conquistou para mostrar que o basquete feminino está voltando”, disse a ex-atleta, que possui um projeto social de basquete em Americana, a ADCF Unimed/Sicoob.

Segundo Adriana, essa medalha de ouro também deve fomentar o esporte na cidade, até porque três jogadoras que nasceram no município representaram o País em Lima: Débora Costa, Iza Sangalli e Stephanie Soares. “Para a gente, é mais um impulso”, afirmou.

Virgil, que já foi técnico da ADCF Unimed/Sicoob, também festejou a conquista. “Essa conquista, para mim, é indescritível. É uma sensação muito boa alcançar o título e cantar o hino no final”, declarou.

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