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Racismo

Londrina entra com ação no STJD e espera punição ao Brusque no ‘Caso Celsinho’

Celsinho, que estava no banco de reservas do Londrina, acusou uma pessoa do staff adversário de racismo

Por Agência Estado

10 de setembro de 2021, às 19h41 • Última atualização em 10 de setembro de 2021, às 20h48

O cerco parece estar se fechando para o Brusque em relação ao “Caso Celsinho“. Nesta sexta-feira, o Londrina, através do seu departamento jurídico, apresentou uma notícia de infração disciplinar a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

A ação se deve ao fato que aconteceu no dia 28 de agosto, quando os dois times se enfrentaram no estádio Augusto Bauer, em Brusque (SC), pela 21ª rodada da Série B do Brasileiro. O meia Celsinho, que estava no banco de reservas do Londrina, acusou uma pessoa do staff adversário de racismo.

“A notícia de infração disciplinar foi embasada com documentos, vídeos e dossiê midiático sobre o caso, que demonstra de modo incontroverso a infração praticada pela equipe catarinense e seus dirigentes, esperando-se que haja a denúncia pela Procuradoria e severa punição conforme prevê o Estatuto da FIFA, Estatuto da CBF e Código Brasileiro de Justiça Desportiva”, diz o Londrina em nota oficial.

Essa foi a terceira vez nesta Série B que Celsinho foi alvo de falas racistas. As outras foram de profissionais de rádios durante os jogos contra Goiás e Remo. Com ajuda do departamento jurídico do Londrina, o meia prestou depoimento ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre os casos.

O CASO – No final do primeiro tempo do jogo entre Brusque e Londrina, o meia Celsinho disse ao quarto árbitro ter sido alvo de falas racistas de uma pessoa do staff quadricolor que em um dos camarotes do Estádio Augusto Bauer. Na súmula da partida, o árbitro sergipano Fábio Augusto Santos Sá Júnior relatou assim o ocorrido:

“Por volta dos 45 minutos do 1º tempo, o atleta do Londrina, sr. Celso Luis Honorato Junior, informou ao quarto árbitro que foi ofendido com as seguintes palavras: “vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha”, por um homem na arquibancada, que foi identificado pelo coordenador da CBF, sr. Ricardo Luiz, como Julio Antônio Petermann, staff da equipe do Brusque”.

Além de demorar para se manifestar, o Brusque soltou uma nota no dia seguinte relativizando o ocorrido e acusando Celsinho de “oportunismo”. Diante da repercussão negativa, o clube publicou uma nova nota, assinada pelo presidente Danilo Rezini, pedindo desculpas pelo “posicionamento equivocado”.

Na sequência, o Brusque também anunciou o afastamento por tempo indeterminado do conselheiro que foi identificado como o responsável pelas ofensas racistas ao meia do Londrina.

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