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Esporte

Juíza mantém cinco são-paulinos detidos após emboscada e ataque a ônibus do time

Por Agência Estado

24 de janeiro de 2021, às 14h42 • Última atualização em 24 de janeiro de 2021, às 16h34

Cinco dos 14 torcedores que foram detidos pelo ataque ao ônibus do São Paulo vão seguir presos, de acordo com decisão da juíza Vivian Brenner de Oliveira, responsável por avaliar o pedido de liberdade provisória interposto neste domingo. A emboscada aconteceu no último sábado, momentos antes do empate por 1 a 1 com o Coritiba, quando a delegação se encaminhava ao estádio do Morumbi para o compromisso pelo Campeonato Brasileiro.

Inicialmente, 14 torcedores, membros da organizada Tricolor Independente, foram detidos pela polícia, mas um deles foi colocado em liberdade ainda no sábado. Eles foram autuados no 14.º DP (Pinheiros), sendo depois transferidos para o 91.º DP (Ceasa). Agora, então, aqueles que eram primários receberam a liberdade provisória, com a juíza acolhendo a solicitação de Renan Bohus, advogado da Associação das Torcidas Organizadas do Brasil e defensor dos são-paulinos nesse caso.

Pela ação, os torcedores vão responder pelos crimes de associação criminosa, dano qualificado, resistência e tumulto. A negativa ao pedido de liberdade de cinco deles se deu por serem reincidentes. O advogado vai apresentar um habeas corpus ainda neste domingo, mas uma decisão para esses detidos deve demorar mais tempo, saindo apenas nos próximos dias.

A emboscada ao ônibus do São Paulo aconteceu nas proximidades da ponte Eusébio Matoso, mesmo com a presença de escolta policial. Já preocupado com a possibilidade de ser alvo de protestos, o clube mudou a rota do CT da Barra Funda até o Morumbi. Ainda assim, o veículo foi atacado com pedras e rojões arremessados por torcedores, que ainda portavam barras de ferro e pedaços de pau quando foram detidos.

O atacante Luciano, que horas depois marcou o gol do time no empate com o Coritiba, foi atingido por alguns estilhaços em decorrência das bombas e pedras jogadas no veículo. O goleiro Tiago Volpi, inclusive, achou uma pedra dentro do ônibus.

O presidente do São Paulo, Julio Casares, se manifestou em nota oficial sobre o incidente. “É um ato inadmissível e que jamais deve ser tolerado. Estava com a nossa delegação no ônibus e posso testemunhar que o saldo poderia ter sido ainda pior. Por sorte, ninguém se feriu”, disse, também prometendo agir para que os envolvidos sejam punidos.

“O clube não medirá esforços para que os autores de tamanha atrocidade sejam responsabilizados. Na condição de representante do nosso São Paulo, farei tudo a meu alcance para que casos como esse não se repitam. Para isso, já determinamos à Câmara Setorial de Segurança, na figura do Doutor Luís Lanfredi, que acompanhe os desdobramentos com afinco e proporcione às autoridades todo o suporte necessário que cabe ao clube”, acrescentou.

A emboscada ocorreu apenas um dia após um protesto de torcedores em frente ao CT do clube, pedindo as saídas do técnico Fernando Diniz e do meia Daniel Alves. Ainda sem vencer em 2021, o São Paulo perdeu a liderança do Brasileirão na última quarta-feira ao ser goleado por 5 a 1 pelo Internacional. O time soma três derrotas e dois empates nos últimos cinco jogos no Brasileirão. Com 58 pontos, voltará a jogar no próximo domingo, fora de casa, diante do Atlético-GO, pela 33.ª rodada.

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