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Futebol

Sem quartos em hotel de Manaus para santistas, Emily Lima ataca gestão da CBF

Por Agência Estado

16 de julho de 2019, às 11h01 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h42

Os problemas de logística enfrentada pela equipe de futebol feminino do Santos para se hospedar em Manaus, onde vai enfrentar o Iranduba, quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro, irritou a técnica Emily Lima. Ela divulgou uma série de vídeos nas redes sociais, indignada com a ausência de quartos para hospedar as jogadoras no hotel reservado para o elenco. O problema seria de responsabilidade, na visão da treinadora, da CBF e da Pallas Turismo Esportivo, a operadora logística oficial da competição.

Em um dos vídeos divulgado por Emily, jogadoras do Santos tentam dormir se acomodando no saguão do hotel designado para receber o time. Posteriormente, o problema foi resolvido, com o elenco do futebol feminino do clube pernoitando em um outro hotel de Manaus.

A treinadora também reclamou da logística da viagem, que teria levado o time a realizar uma cansativa viagem de Santos até Manaus. E na chegada ao hotel onde a equipe ficaria, que ocorreu na última madrugada, o elenco foi informado que o acesso aos quartos estaria marcado para apenas as 12 horas desta terça.

“Essa é a organização do nosso futebol para mulheres no Brasil. Saímos de Santos às 3 horas da tarde, e a senhora CBF e a senhora Pallas, a empresa que faz toda nossa logística de viagem, não tinham voo para amanhã (terça-feira), mandaram a gente em um voo hoje (segunda), picado, com escala em Brasília. Nós chegamos ao hotel e não tem vaga para nós. Então, vamos dormir aqui hoje. Vamos dormir aqui na recepção do hotel”, reclamou a treinadora, antes do impasse sobre a hospedagem ser solucionado.

Com passagem recente pelo comando da seleção brasileira, mas também tendo postura crítica ao comando da CBF e suas ações no futebol feminino, Emily também reclamou do tratamento recebido pela modalidade, o comparando com a gestão do esporte nos Estados Unidos, que recentemente conquistou mais um título mundial.

“Esse é o respeito que as pessoas tem pelo futebol feminino no Brasil. Eu ainda tenho que tomar cuidado como que eu falo porque a Emily é cobra, é isso e aquilo…. Essa é a realidade do futebol brasileiro para mulheres. Por que será que os Estados Unidos está tão longe de nós?”, questionou.

Emily aproveitou a série de publicações para criticar especificamente a organização do Campeonato Brasileiro Sub-18. Em sua primeira fase, disputada em sedes fixas, que recebem os seis grupos, os times tem previsto a disputa de seis jogos em 12 dias – em um das chaves, a E, são seis partidas em 11 dias.

“Meninas de 16, 17 e 18 anos jogando dia sim e dia não, 90 minutos. Descansa em um dia e joga no outro. Esse é o Campeonato Brasileiro Sub-18. Como é organizado… Eu não posso jogar a responsabilidade para cima dessas meninas. Eu tenho que tirar o chapéu. Elas sempre estão lá. Com toda a dificuldade, estão treinando, estão querendo, estão brigando, com olhos cheios de esperança. Meninas, parabéns para todas vocês”, criticou.

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