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Futebol

Sampaoli ironiza ao falar de ‘revólveres para matar os rivais’

Por Agência Estado

09 de junho de 2019, às 23h49 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h47

Depois de comandar o Santos na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, na noite deste domingo, na Vila Belmiro, o técnico Jorge Sampaoli rebateu um protesto feito pelos torcedores da principal organizada do clube na porta do estádio antes do confronto e defendeu o estilo de jogo que utiliza na sua equipe. Horas antes do duelo, os torcedores pediram respeito à camisa do clube, cobraram o presidente José Carlos Peres e disseram que a conquista do Campeonato Brasileiro “agora é obrigação” depois das eliminações que o time sofreu no Paulistão, na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil.

O treinador criticou o fato de que a torcida está adotando a pressão para fazer com que o Santos volte a ter bons resultados dentro de campo. “Se formos tentar ganhar de qualquer jeito, viremos com revólveres e mataremos os rivais. O Santos vai jogar com a mesma dignidade que jogou no Pacaembu e que jogou hoje”, disse o comandante argentino, em entrevista coletiva na qual pouco depois até insinuou uma possível saída do clube se o ambiente com a torcida se tornar ruim. “Se a proposta se instala dessa forma (de pressão), não tem sentido eu estar aqui. É questão de tempo. Hoje, amanhã, três partidas mais”, reforçou.

Já ao defender o seu estilo de jogo, assim como as opções de mexer de forma constante na formação titular da equipe entre uma partida e outra, Sampaoli enfatizou: “Na verdade, eu vim aqui ao futebol brasileiro para tentar mostrar minha forma de jogar. Não se pode jogar com pressão ou trocar a realidade estabelecida. Temos uma equipe extremamente jovem, que rodamos com uma diferente temente. Se as pessoas (torcedores) não têm paciência, que se termine. Não sei como ganhar de qualquer jeito. Só sei ganhar jogando, como foi hoje”.

Em seguida, o técnico reconheceu que o seu time não soube atuar da maneira ideal no jogo no qual foi derrotado por 2 a 1 para o Atlético-MG, de virada, no Pacaembu, na última quinta-feira, quando acabou sendo eliminado da Copa do Brasil no confronto de volta das oitavas de final. Naquela ocasião, ele viu a sua equipe muito ansiosa para definir as jogadas.

“No Pacaembu, nós quisemos passar (de fase) de qualquer jeito, e não se encontrou o triunfo. Esta é a história, história em que lamentavelmente a necessidade e a ansiedade atentam contra o jogo. Simples”, completou.

E Sampaoli ainda alfinetou a manifestação dos torcedores santistas antes do jogo ao discordar da opinião de alguns que acreditam que esteja faltando mais raça à equipe. “O protesto pela falta de empenho dos jogadores me parece injusto. Totalmente. Eles jogam o que podem”, enfatizou.

E o comandante foi além ao dizer que não seria o “fim do mundo” se o Santos não tivesse vencido o Atlético-MG neste domingo. “Ganhar sempre ajuda nos ânimos, mas hoje parecia que, se não ganhássemos, o mundo acabaria. E o mundo continua”, ironizou.

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