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Futebol

Paulo Nobre renuncia ao cargo de conselheiro vitalício do Palmeiras

Por Agência Estado

02 de agosto de 2019, às 10h40 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h40

Ex-presidente do Palmeiras, Paulo Nobre renunciou, na noite de quinta-feira, ao cargo de conselheiro vitalício do clube. Por estar insatisfeito com os bastidores e a política interna, o dirigente entregou uma carta durante a reunião do Conselho Deliberativo. O encontro selou ainda a votação de uma sindicância interna sobre o caso Blackstar e a suspensão por um ano de Genaro Marino Neto, ex-vice do clube.

Nobre não comparece às reuniões do clube desde o fim do seu mandato como presidente, em dezembro de 2016. Desde então, o antigo aliado político dele, Mauricio Galiotte, é quem tem comandado o clube. O ex-presidente tem viajado pelo mundo para disputar provas de rali e, segundo pessoas próximas, está decepcionado com política do Palmeiras. Ele inclusive rompeu relações com Galiotte.

A reunião no Conselho Deliberativo teve como objetivo apreciar o relatório feito por um grupo de conselheiros sobre o caso Blackstar, empresa com sede em Hong Kong que se apresentou como possível candidata a patrocinar a clube. O episódio, ocorrido no ano passado, foi às vésperas da eleição presidencial de novembro. A proposta anunciada de R$ 1 bilhão por um contrato de dez anos foi apresentada na ocasião por Genaro Marino Neto, candidato de oposição ao mandatário Galiotte.

O Palmeiras decidiu não levar adiante a conversa após a diretoria avaliar que a Blackstar apresentou documentos falsos de garantias bancárias. A negociação foi encerrada e o clube renovou com a Crefisa semanas depois. Na mesma época, conselheiros da situação fizeram um requerimento e receberam a autorização para abrir uma sindicância para apurar o assunto, por considerarem que a chapa de oposição apresentou a proposta para interferir na disputa eleitoral.

A proposta de patrocínio foi apresentada por Genaro, com a atuação de Nobre na intermediação com a Blackstar por ter emprestado o seu escritório para ser realizada uma reunião. Outros dois conselheiros do Palmeiras também participaram das conversas: Ricardo Galassi e José Carlos Tomaselli. Todos viraram alvo da sindicância interna, que terminou com um relatório e a sugestão de punições para cada um dos envolvidos.

Na votação no Conselho Deliberativo do Palmeiras na noite de quinta-feira, 122 conselheiros concordaram com as sanções, 76 votaram contra e houve 27 abstenções. Genaro foi suspenso um ano, enquanto Galassi e Tomaselli receberam advertências.

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