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Justiça da Suíça denuncia 4 dirigentes sob suspeita de corrupção na Copa de 2006

Por Agência Estado

06 de agosto de 2019, às 10h04 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h40

Procuradores da Suíça denunciaram nesta terça-feira quatro dirigentes do futebol por suspeita de corrupção na organização da Copa do Mundo de 2006, disputada na Alemanha. Eles são acusados de terem mentido sobre o uso de 6,7 milhões de euros (cerca de R$ 29,3 milhões).

De acordo com o gabinete do procurador-geral da Suíça, eles alegaram que o valor teria sido usado para a cerimônia de abertura. Mas esta soma, declarada ainda em abril de 2005, pouco mais de um ano antes do início do Mundial, teria sido desviada. A procuradoria não revelou detalhes sobre o verdadeiro uso do dinheiro, que saíra do orçamento do Comitê Organizador Local da Copa de 2006.

Os ex-dirigentes denunciados são os alemães Horst Schmidt, Theo Zwanziger e Wolfgang Niersbach e o suíço Urs Linsi, ex-secretário-geral da Fifa. Zwanziger e Niersbach já foram presidentes da Federação de Futebol da Alemanha. Schmidt, Zwanziger e Linsi são acusados de participar da fraude. E Niersbach foi denunciado por ter sido supostamente cúmplice.

A procuradoria destacou que Franz Beckenbauer, ídolo alemão e ex-presidente do Comitê Organizador da Copa, também está sendo investigado pela mesma denúncia. Mas seu caso está sendo conduzido separadamente porque “ele se encontra com problemas de saúde”, de acordo com os procuradores suíços. Todos os acusados negam ter cometido qualquer crime.

A investigação de Beckenbauer envolve a figura polêmica de Mohammed Bin Hammam, que tentou se tornar presidente da Fifa, se tornou rival do suíço Joseph Blatter e acabou banido do futebol após diversas acusações de corrupção.

“As investigações revelaram que, no verão de 2002, Franz Beckenbauer aceitou empréstimo de 10 milhões de francos suíços em seu nome e em sua própria conta, vindo de Robert Louis-Dreyfus. Esta soma foi usada para bancar diversos pagamentos feitos, através de um escritório de advocacia da Suíça, para uma empresa do Catar, que pertencia a Mohammed Bin Hammam”, disse a procuradoria-geral da Suíça, nesta terça.

Então poderoso na época, Bin Hammam era membro do Comitê Executivo e do Comitê de Finanças da Fifa. “O objetivo exato do pagamento total de 10 milhões de francos suíços a Mohammed Bin Hammam não pôde ser determinado. E isso porque um pedido de ajuda feito pela procuradoria às autoridades do Catar, em setembro de 2016, segue sem resposta até hoje”, informou o escritório da procuradoria suíça.

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