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Futebol

Chile encerra campeonato a 6 rodadas do fim e dá título para Universidad Católica

Por Agência Estado

29 de novembro de 2019, às 21h52 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h17

A Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP) anunciou nesta sexta-feira o encerramento precoce da temporada no país, em função da crise social e de conflitos com torcedores “barras bravas”, que impediram a retomada do campeonato, que estava paralisado há mais de um mês.

A decisão foi tomada em um Conselho Extraordinário de Presidentes, com 42 votos a favor, cinco contra e uma abstenção, confirmou a ANFP por meio de um comunicado. O organismo decidiu declarar como campeão da primeira divisão a Universidade Católica, que estava na liderança, com 13 pontos de vantagem sobre o Colo Colo, após 24 das 30 rodadas previstas.

Com isso, a Universidad Católica garantiu o bicampeonato chileno. E nessa campanha, foram 16 triunfos, cinco empates e três derrotas, com 44 gols marcados e 14 sofridos. Curiosamente, seu último compromisso foi uma derrota, por 1 a 0, para o Unión La Calera, em 16 de outubro.

Além disso, o conselho aprovou a conclusão antecipada dos torneios Primeira B e Segunda Divisão. Nos campeonatos da temporada 2019, não haverá acesso e descenso, acrescentou o comunicado. E a distribuição das vagas nos torneios continentais será definida posteriormente.

Na semana passada, a ANFP teve de suspender uma tentativa de retomar o Campeonato Chileno depois de não ter contingentes policial para garantir a proteção da ordem e da segurança pública diante dos distúrbios causados por “barras bravas”, que forçaram a suspensão de um jogo entre Union La Calera e Deportes Iquique. Vários jogadores haviam relatado que receberam ameaças caso o campeonato fosse retomado.

O Chile vive um surto social que já dura mais de um mês, tendo começado com protestos que se iniciaram em 14 de outubro em rejeição ao aumento do preço da passagem de metrô. Os atos se estenderam à demandas de diminuição da desigualdade social. Os distúrbios deixaram pelo menos 26 mortos e quase 4.000 feridos, entre civis e membros das forças de segurança.

Anteriormente, em outra medida adotada em função dos distúrbios sociais no Chile, a decisão da Copa Libertadores entre Flamengo e River Plate foi retirada em Santiago e realizada em Lima.

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