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Futebol

Chamada 2 dias antes de estrear no Mundial, Daiane exalta emoção de sua família

Por Agência Estado

10 de junho de 2019, às 19h19 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h47

A zagueira Daiane fez a sua estreia pela seleção brasileira de futebol no Mundial Feminino, no último domingo, quando ajudou a equipe nacional a vencer a Jamaica por 3 a 0, em Grenoble, na França, depois de viver uma situação inesperada. A jogadora do Paris Saint-Germain foi convocada pelo técnico Vadão na última sexta-feira como substituta de última hora de Érika, que se lesionou no mesmo dia e acabou sendo cortada do time nacional.

Ao comentar como foram os seus últimos dias, a atleta afirmou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, que foi pega de surpresa com a convocação quando jogava bola na rua com alguns dos seus muitos irmãos. Ela é a 12º filha de uma família de 23 irmãos, sendo que 18 estão vivos.

“Eu estava na rua brincando de bola com meus irmãos, aí minha mãe disse: ‘Seu telefone está tocando’. E quando olhei o Miguel (supervisor da seleção feminina) já tinha me ligado umas quinhentas vezes. Eu falei ‘vou retornar porque deve ser sério’, aí retornei e ele disse: ‘Fica ligada porque talvez você vai ter que voltar’. O coração já deu aquela acelerada, contei pra família e eles falaram que ia dar certo. Depois, quando ele ligou confirmando a passagem (até Grenoble, onde o Brasil se preparava para a decisão), começou aquela bagunça dentro de casa, uma felicidade incrível”, afirmou a atleta, em entrevista coletiva concedida nesta segunda.

No último domingo, Daiane entrou no lugar de Kathellen aos 31 minutos do segundo tempo durante o triunfo sobre as jamaicanas. E ela acabou atuando depois de ter participado da fase de 15 dias de preparação da seleção em Portugal, onde integrou os treinos da equipe nacional como convidada da comissão técnica de Vadão, mesmo sem ter sido incluída na lista final de convocadas. Depois disso, ela chegou a se despedir das jogadoras e voltou ao Brasil, mas precisou voltar às pressas para a Europa ao ser chamada como substituta de Érika.

“Eu estou muito triste pela Érika. Quando cheguei lá (na França) eu disse: ‘Érika, eu quero ir (ao Mundial), mas não porque alguém se lesionou’, eu queria ser convocada mas não dessa maneira, mas claro, estou muito feliz de estar aqui. Tudo que aconteceu na minha vida em 24 horas foi incrível, ver a convocação, e logo após já estava dentro de campo. Acho que não tenho palavras para descrever o que estou vivendo, sou muito grata por tudo isso”, destacou Daiane.

Nesta segunda-feira, ela participou de um treino no campo em Grenoble ao lado de jogadoras do Brasil que não atuaram diante da Jamaica ou que entraram na partida no decorrer do confronto. O trabalho serviu como preparação para o duelo diante da Austrália, na próxima quinta-feira, às 13 horas (de Brasília), em Montpellier.

“Estudamos muito a Austrália, a gente sabe como se defender e como atacar. Agora é chegar dentro de campo e colocar tudo em prática, tudo que a gente vem treinando há muito tempo e ter compactação. Se compactar todo, todo mundo unido, umas pelas outras e tenho certeza de que a gente vai sair com bom resultado”, projetou Daiane.

SAMBA NA CHEGADA A MONTPELLIER – A seleção brasileira chegou nesta segunda-feira em Montpellier, onde, na chegada ao hotel onde está hospedada, foi recepcionada com samba e por passistas. Após descer do ônibus que trouxe o time nacional, a atacante Marta foi chamada para entrar no clima e sambou rapidamente ao lado de uma passista.

Principal jogadora do Brasil e eleita pela sexta vez a melhor do mundo pela Fifa na última eleição da entidade, Marta não atuou na estreia no Mundial por ainda estar em fase final de recuperação de uma lesão na coxa, mas a tendência é a de que fique à disposição de Vadão para o duelo diante das australianas. Nesta terça-feira, a seleção vai realizar um treino com o seu grupo completo, a partir das 11 horas (de Brasília), no CT Roger Bambuck.

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