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Rio Branco 90

Carisma: Afrânio foi o elo da equipe

Treinador falecido em 1996, após acidente de trânsito, uniu jogadores rumo ao acesso e deixou marca na história; viúva traz lembranças da conquista

Por Rodrigo Alonso

01 de dezembro de 2019, às 08h28 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h17

Falecido há 23 anos, o treinador Afrânio Riul vai deixar para sempre uma marca na história do Rio Branco. Na base do carisma, ele foi o responsável por unir os jogadores rumo ao acesso para a primeira divisão estadual, em 1990.

Foto: Arquivo Pessoal
Vera Riul com uma foto de Afrânio; ele passou duas vezes pelo Tigre e morreu em 1996

“Ele tinha um carisma especial com os jogadores, fazia um bom trabalho psicológico, era muito querido pela equipe que ele formava”, conta a viúva de Afrânio, Vera Riul, de 58 anos.

O técnico morreu em 14 de julho de 1996, após um acidente de carro em Ribeirão Preto, cidade onde residia. Ele estava com 47 anos.

O velório, à época, aconteceu na Câmara de Ribeirão. Como forma de homenagem, seu caixão ficou coberto pelas bandeiras de Botafogo de Ribeirão Preto, Comercial e Bragantino, clubes em que ele trabalhou.

“Apesar do choque, foi muita emoção. Ele foi muito homenageado quando faleceu. Ele foi velado no salão nobre da Câmara Municipal. Foi o caminhão de bombeiros que levou”, conta Vera.

Seis anos antes, Afrânio havia ajudado o Tigre a subir de patamar, para a elite do futebol paulista. Aquela conquista também o alavancou, tanto é que, em 1994, ele chegou a treinar o Corinthians. “Ele começou a se firmar como técnico vencedor”, afirma Vera.

Foto: Arquivo / Claudio Gioria
Afrânio Riul morreu em acidente de carro em 1996, aos 47 anos

No Rio Branco, o técnico era querido pelos jogadores e criou uma identidade com a torcida, que marcava presença até em treinos. “Era um cara muito gente fina, um cara muito legal com a gente. Conduziu o grupo com uma amizade muito boa”, lembra o ex-meia Waguinho Dias.

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Afrânio tinha proximidade, principalmente, com o ex-zagueiro Edson Fumaça. Os dois moravam próximos em Ribeirão Preto. “Não era nem técnico. Era amigo, pai”, destaca o ex-atleta, que costumava pegar carona com o treinador.

O técnico teve duas passagens pelo Rio Branco e dirigiu o time em 133 jogos, com 66 vitórias, 36 empates e 31 derrotas.

Clique aqui e confira as fichas técnicas de todos os jogos do Rio Branco na campanha do acesso

Quem também já se foi:  

Membros da diretoria e do elenco que faleceram desde a campanha do vice-campeonato de 1990

Foto: Arquivo / Claudio Gioria
Neco Mendes

Neco Mendes
Manoel Mendes era o diretor que cuidava do estádio e figura ligada ao esporte de Americana por décadas. Morreu no dia 3 de junho de 2007, aos 77 anos, após duas semanas internado com quadro de pneumonia. Sofria de Alzheimer.

Foto: Arquivo / Claudio Gioria
Marquinhos Sartore

Marquinhos Sartore
Era o terceiro goleiro. Comprou seu passe junto ao Bragantino em maio de 1990 e o emprestou ao Rio Branco, mas não chegou a entrar em campo na campanha do acesso. Já havia defendido o clube nos anos 80. Depois, foi treinador de goleiros e técnico do Rio Branco. Tinha 48 anos quando capotou o carro que dirigia na SP-304, em 29 de novembro de 2012.

Foto: Arquivo / Claudio Gioria
Sidnei Poli

Sidnei Polli
Ex-goleiro de Corinthians e Guarani, era o treinador de goleiros. Morreu aos 58 anos vítima de hepatite crônica, em 8 de janeiro de 2000, em Campinas.

Foto: Arquivo / Claudio Gioria
Minão Vitta

Minão Vitta
Vice-presidente de futebol em 1990, morreu aos 52 anos, em 9 de junho de 2000, quando capotou o Santana que dirigia ao bater em um ciclista que atravessava a Anhanguera perto do acesso ao Iate Clube de Campinas. Também morreram no acidente o ciclista, José Marcos da Silva, e o aposentado Artêmio Luchesi, que estava com Minão no carro.

Foto: Arquivo / Claudio Gioria
Pedro Francischangelis

Pedrão Sadia
Pedro Francischangelis era diretor de futebol, cargo que já havia ocupado várias vezes ao longo dos anos 80 e que voltou a exercer depois do acesso. Tinha 52 anos e passava férias em Itanhaém com a família quando sentiu-se mal em 29 de dezembro de 2004. Não resistiu a um ataque cardíaco. Era irmão do narrador Jota Júnior.

Foto: Arquivo / Claudio Gioria
Zé Zazeri

Zé Zazeri
Outro diretor de futebol à época, o ex-vereador e ex-vice-prefeito em Americana José Antonio Zazeri morreu aos 71 anos, em 16 de outubro de 2016, um dia após passar por uma cirurgia cardíaca de emergência em Americana.

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