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Futebol

Bulgária anuncia técnico após derrota, escândalo de racismo e saída de Balakov

Por Agência Estado

21 de outubro de 2019, às 10h16 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h27

Três dias depois do pedido de demissão do técnico Krasimir Balakov, que acabou deixando o cargo após uma derrota por 6 a 0 para a Inglaterra e um escândalo de racismo e discriminação ocorrido neste confronto válido pelas Eliminatórias da Eurocopa de 2020, a Bulgária anunciou a contratação do seu novo treinador nesta segunda-feira. Trata-se de Georgi Dermendzhiev, de 64 anos.

O acerto com o comandante foi confirmado pelo vice-presidente da Federação Búlgara de Futebol (BFU, na sigla em inglês), Yordan Lechkov, ex-jogador que foi um dos destaques da histórica campanha em que a seleção do país conquistou o quarto lugar na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.

“Georgi Dermendzhiev é o novo técnico da Bulgária. Tudo está acertado e ele já é o treinador da equipe nacional. Amanhã finalizaremos as coisas com os documentos”, informou o dirigente ao comentar sobre o nome escolhido para assumir o posto.

O substituto de Balakov trabalhou por sete temporadas na comissão técnica do Ludogorets Razgrad, da Bulgária, sendo três delas como assistente e outras quatro como treinador. Neste período, a equipe foi campeã búlgara por sete anos consecutivos, entre 2011 e 2017. E, no âmbito continental, ele conseguiu o feito de conduzir o time a se tornar o primeiro da história do seu país a conquistar uma vitória em um confronto válido pela fase grupos da Liga dos Campeões, em 2014, quando obteve um triunfo sobre o Basel, da Suíça.

Dermendzhiev assumirá uma seleção búlgara que ocupa hoje a lanterna do Grupo A das Eliminatórias da Eurocopa, com apenas três pontos em sete partidas disputadas. Com o péssimo retrospecto, a seleção não tem chance de se classificar para o torneio continental e apenas tentará fazer um final digno de campanha no próximo dia 17 de novembro, quando encara a República Checa, em casa, pela última rodada da chave.

No duelo do último dia 14 contra a Inglaterra, em Sofia, capital da Bulgária, a equipe anfitriã foi atropelada pelos visitantes e o confronto chegou a ser interrompido por duas vezes no primeiro tempo por causa de cânticos racistas e saudações nazistas dos torcedores búlgaros.

Os atos racistas foram condenados por políticos e dirigentes esportivos da Inglaterra e até pelo primeiro-ministro da Bulgária, Boyko Borisov, que pediu a demissão do presidente da BFU, Borislav Mihailov. E, pressionado, ele anunciou a sua renúncia ao cargo na terça-feira da semana passada.

A estreia Dermendzhiev à frente da seleção búlgara ocorrerá no próximo mês, em amistoso contra o Haiti, pouco dias antes do duelo com a República Checa pelas Eliminatórias da Eurocopa. E antes de assumir o cargo, o treinador exibiu otimismo ao projetar o futuro da equipe nacional.

“A Bulgária não é a única seleção que está perdendo jogos. O coisa importante agora é trabalhar duro e dar o nosso melhor para elevar o nível da equipe”, afirmou o técnico, em entrevista para a mídia búlgara, na qual depois destacou que é preciso encarar o desafio sem temer o possível fracasso. “Estou ciente da situação atual. Não será fácil, mas lutaremos. Quem tem medo de ursos não deve andar no floresta”, completou.

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