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Futebol

Adilson Batista é demitido e fala em bagunça e falta de comando no Cruzeiro

Por Agência Estado

15 de março de 2020, às 18h53 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h00

A terceira derrota consecutiva do Cruzeiro em apenas oito dias – 1 a 0 para o Coimbra, no estádio Independência, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Mineiro – resultou na demissão do técnico Adilson Batista neste domingo. Ele próprio apareceu na entrevista coletiva para anunciar que tinha acabado de ser avisado nos vestiários sobre a sua saída. A partir daí começou a enumerar críticas ao clube que, segundo ele, “estava numa verdadeira bagunça”.

“O clube com uma bagunça dentro dos vestiários, uma desordem. Os atletas tomaram conta do clube, derrubaram o Mano Menezes, o Abel Braga, o Rogério Ceni. Tomaram conta do clube. Você chega e tem que limpar, mas dei treino até alguns dias nesta confusão, mesmo sem comando. Rezo para que o clube tenha logo um presidente. Hoje tem outros gestores e querem dar palpite no futebol”, revelou.

Depois reforçou que acredita na recuperação do clube, mas que demora um tempo. E crê no sucesso ainda nesta temporada. “Gostaria de dizer que estarei na torcida, estarei acompanhando. Quero deixar bem claro que fico um pouco chateado, não só com os resultados recentes porque temos participação, culpa, enfim. Mas temos que entender o processo. No início do ano tivemos que fazer uma reformulação. Tive a coragem de pedir para que alguns jogadores saíssem”, disse.

Depois Adilson Batista enumerou uma série de problemas enfrentados por ele ao curso desta temporada. E reforçou que o processo de mudança exige mais tempo e que o melhor seria a direção ter pensado e focado no Campeonato Brasileiro da Série B. “A disputa do Estadual é para meninos porque o Cruzeiro precisa buscar o acesso na Série B. Então agora a gente deveria estar preparando o time, agilizando as contratações e ajustando o time dentro de campo. Mas não tivemos tempo, infelizmente”.

Esta foi a segunda demissão dele durante a semana. Na quinta-feira, um dia após a derrota para o CRB por 2 a 0, pela Copa do Brasil, chegou a ser demitido. A medida foi alterada por determinação de Pedro Lourenço, ex-integrante do Conselho Gestor.

Adilson Batista tinha apenas um contrato verbal com o clube, que vai pagar a ele um mês e meio de salário e aviso prévio. O Cruzeiro já acumula débitos com seus últimos quatro técnicos: o português Paulo Bento, Mano Menezes, Rogério Ceni e Abel Braga. A direção não indicou qualquer nome para ocupar o cargo.

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