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INÍCIO VENCEDOR

Tricampeão brasileiro, americanense se firma como promessa do hipismo

Rafael Spagnol Martins, de 13 anos, tem se destacado em meio a atletas com maior experiência e já mira torneios internacionais

Por Rodrigo Alonso

19 de setembro de 2021, às 08h19

Quatro anos de hipismo e 13 de idade. Isso foi o suficiente para que o americanense Rafael Spagnol Martins superasse atletas com maior experiência, acumulasse três títulos brasileiros e se credenciasse como promessa nacional da modalidade.

E todas essas façanhas já fazem o garoto mirar torneios internacionais e, até mesmo, sonhar com os Jogos Olímpicos.

Jovem cavaleiro conquistou seu terceiro título nacional no fim de semana passado – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Ele tornou-se tricampeão nacional no domingo passado, ao vencer o Campeonato Brasileiro de CCE (Concurso Completo de Equitação), uma espécie de triatlo equestre.

Essa modalidade tem três provas: adestramento, no qual os competidores precisam executar determinados movimentos em um período; salto, que consiste num percurso com obstáculos; e cross country, que simula um ambiente natural.

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Rafael conquistou a vitória na disputa com obstáculos de 90 centímetros, em parceria com o cavalo Carano. Ele foi primeiro na categoria Mirim e teve ainda o melhor desempenho entre todas as idades.

O americanense deixou para trás, inclusive, seu pai, Ricardo Duarte Martins, além de atletas olímpicos que experimentavam novos cavalos.
Nos dois títulos anteriores, em 2018 e 2019, o garoto competiu com obstáculos de 70 centímetros. Ele estava na categoria Mini-Mirim, mas também superou os cavaleiros das outras idades.

Garoto de Americana venceu torneio realizado no Clube Hípico de Santo Amaro – Foto: CHSA / Divulgação

Normalmente, Rafael treina três vezes por semana no Figueira Ranch, em Limeira, com o técnico José Antônio Diniz. Ele gostaria de focar ainda mais no esporte, mas tem a consciência de que precisa priorizar os estudos.

“Eu queria ter mais tempo para trabalhar com o cavalo, mas, como eu faço muita coisa, eu estudo ainda, não é uma coisa que consigo focar 100%. Porque, no cenário de hoje, não dá para você viver do esporte. Então, primeiro tenho de focar na educação, para conseguir um emprego bom. E aí, quem sabe, conseguir me manter podendo fazer o esporte que eu amo”, diz.

Em 2022, ele subirá mais um degrau, pois competirá com obstáculos de 1 metro – as alturas podem chegar a 1,6 m.

COMEÇO
Rafael entrou no mundo do hipismo em 2017, quando já recebeu o prêmio de revelação da Abhir (Associação Brasileira dos Cavaleiros de Hipismo Rural). Ele se interessou pela modalidade por influência de seu pai e de um primo, Humberto de Souza Pereira Lima, que já praticavam o esporte.

“Meu primo começou quando ele tinha 12 anos e meu pai acabou começando também. E, um dia, ele me levou para montar um pouco, para ver se eu gostava. Eu acabei gostando e, de início, já percebi que seria o esporte que eu levaria para o resto da minha vida”, afirma.

O garoto ganhou ainda mais motivação quando um outro primo, Lucca de Souza Pereira Lima, conseguiu disputar um Sul-Americano. “Foi aí que começou o meu sonho de fazer uma prova fora do País”, conta.

No início, o americanense montava em outro cavalo, o Faquir. Porém, o animal precisou se “aposentar” em 2019, após ter machucado o tendão. Desde então, Carano passou a ser utilizado.

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