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Jogos de Tóquio

‘Posso brigar de igual para igual com qualquer um’, diz Alexandre Galgani

Primeiro paratleta brasileiro a se classificar para Tóquio, atirador de Sumaré confia em conquista de medalha na competição

Por Rodrigo Alonso

08 de maio de 2021, às 08h48

Primeiro brasileiro a se classificar para os Jogos Paraolímpicos de Tóquio, no Japão, o atirador Alexandre Galgani, de Sumaré, acredita na conquista de medalha para o Brasil. O paratleta de 38 anos, que também esteve no Rio-2016, afirmou estar no melhor momento da carreira.

Em casa, Galgani consegue simular provas de 10 e 50 metros e ver resultados no computador – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“Hoje, eu vejo que estou preparado, estou na minha melhor performance, com melhor equipamento, melhor estrutura. Tudo melhor do mundo. Hoje, posso brigar de igual para igual com qualquer um”, afirmou o atirador.

Galgani garantiu sua vaga no dia 23 de fevereiro de 2019, ao conquistar a prata numa etapa da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, nos Emirados Árabes.

Então, ele está na condição de classificado há quase dois anos e três meses. “Eu tento controlar, mas é muita ansiedade. Mas eu faço bastante treinamento psicológico”, apontou o atirador, que disse se consultar semanalmente com uma psicóloga.

Galgani disputa a classe SH2, em que os competidores usam um suporte para a arma. No Japão, o atleta marcará presença em três categorias: R4 (carabina de ar em pé 10 m), R5 (carabina de ar deitado 10 m) e R9 (carabina deitado 50 m). Ele espera chegar à final em pelo menos duas delas.

No entanto, o atirador deverá superar a falta de ritmo de competições, já que, desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), ele só participou de um campeonato. “Isso dá uma desanimada boa”, contou.

Por outro lado, sua rotina de preparação continuou a mesma. Galgani possui uma estrutura completa de treinamento dentro de casa, em Sumaré, onde consegue simular provas de 10 e 50 metros e acompanhar seu desempenho por meio de um notebook.

“O sonho de todo atleta é ter o que eu tenho. Tenho muito mais do que quase todos os atletas. Então, só tenho a agradecer. Muita gratidão a todos que me ajudaram, a todos os meus patrocinadores”, declarou.

O paratleta tem aumentado aos poucos a intensidade dos treinos, pois quer chegar aos Jogos no auge da preparação. “Não quero pegar e deslanchar agora, chegar ao ápice para quando, chegar próximo dos Jogos, acabar caindo um pouco. Então, estou indo bem devagar”, comentou.

Durante a caminhada rumo às Paraolimpíadas, Galgani conta com o patrocínio do programa federal Bolsa Atleta, da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), da Taurus e do Time São Paulo. Ele compete pelo Corinthians.

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