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APOSENTADORIA

Pentacampeã nacional, Babi se despede das quadras e deixa legado no basquete

Americanense entrou em quadra pela última vez no domingo, pelo Vera Cruz Campinas, e recebeu homenagens de colegas

Por Rodrigo Alonso

24 de novembro de 2021, às 07h17

Armadora conquistou quatro títulos brasileiros por sua cidade natal – Foto: Arquivo / O Liberal

Cinco títulos nacionais, convocações para a Seleção Brasileira, medalha de bronze em Jogos Pan-Americanos e legado para as gerações futuras. Repleta de conquistas, a trajetória da americanense Babi Honório no basquete terminou nesta semana, mas deixou sua marca no esporte da bola ao cesto.

A agora ex-armadora de 36 anos, que fez seus primeiros arremessos aos 7, no Zanaga, entrou em quadra pela última vez no domingo. Na ocasião, sua equipe, o Vera Cruz Campinas, foi eliminada pelo Santo André/Apaba nas semifinais do Campeonato Paulista, com derrota por 67 a 55 na casa do adversário.

O resultado encerrou o ano do Vera Cruz Campinas e, consequentemente, a carreira de Babi, que já planejava se aposentar ao final desta temporada.

“Ano que vem, faz 30 anos que jogo basquete e eu falo que já estou velha, sabe? Foi uma decisão pensada. Não é uma decisão fácil, mas já estava sendo planejado eu parar, até para eu dar uma outra direção. Também tenho vontade de ser mãe”, disse a jogadora ao LIBERAL.

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No entanto, apesar de a atleta já ter se preparado antecipadamente, sua ficha só caiu quando ela passou a receber mensagens, ligações e homenagens de pessoas ligadas à modalidade.

“Já ouvi muita coisa das mensagens que eu recebi, mas de pessoas que jogaram juntas, não na proporção que tem sido. É isso que tem confortado o meu coração”, declarou.

Babi, inclusive, serviu como exemplo para armadoras mais jovens, como a também americanense Débora Costa, que agradeceu a conterrânea em publicação no Instagram. “Que honra ter aprendido tanto com você! Obrigada, Babi”, escreveu a atleta do Ituano e da Seleção Brasileira.

“É um sentimento de gratidão, saber que valeu a pena a trajetória. Meu coração muito se alegra em saber que, mesmo não sabendo, eu pude contribuir de alguma forma para a carreira dessas meninas”, comentou Babi.

Ela ainda não sabe se continuará no basquete profissional em outra função, mas já trabalha há dois meses como professora da modalidade no NBA Basketball School de Americana, na escola Ilimit. “A minha intenção é contribuir e poder retribuir tudo aquilo que o basquete me proporcionou”, apontou.

Em casa
Dentro das quatro linhas, Babi fez toda sua base em sua cidade natal. Depois, como profissional, ajudou o extinto time de Americana a vencer quatro vezes a LBF (Liga de Basquete Feminino), o campeonato nacional da modalidade.

“Falo que sou muito privilegiada por morar numa cidade que sempre teve uma estrutura muito boa, que sempre me deu condições muito boas de fazer minha base toda. E eu sempre joguei em casa. Acho que isso tem muito mais valor para mim”, comemorou.

A armadora também foi campeã brasileira pelo Vera Cruz Campinas e estava na seleção que ficou em terceiro lugar no Pan de Guadalajara-2011. “Vai muito além de tudo que eu poderia imaginar ou sonhar.”

Principais feitos na carreira:

  • Pentacampeã da LBF 2011/12, 2013/14, 2014/15 e 2016/17 por Americana e 2018 pelo Vera Cruz Campinas)
  • Título do Pré-Olímpico de 2011
  • Bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011
  • Recordista de títulos (ao lado de Karla Costa) e de jogos na LBF
  • Campeã do Desafio de Habilidades do Jogo das Estrelas em 2016

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