Tóquio-2021
Murilo Sartori pode quebrar um tabu de 29 anos nos Jogos Olímpicos
País não chega a uma final olímpica no revezamento 4x200 m desde Barcelona-1992, quando ficou em sétimo lugar
Por Rodrigo Alonso
18 de julho de 2021, às 08h33 • Última atualização em 21 de julho de 2021, às 12h23
Link da matéria: https://liberal.com.br/esporte/esportes-da-regiao/murilo-sartori-pode-quebrar-um-tabu-de-19-anos-nos-jogos-olimpicos-1565166/
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o quarteto brasileiro dos 4×200 m livre, do qual o americanense Murilo Sartori faz parte, pode quebrar um tabu de 29 anos. Isso porque o País não chega a uma final olímpica nessa prova desde Barcelona-1992, quando ficou em sétimo lugar.
O comentarista de natação Alexandre Pussieldi, o Coach Alex, acredita que neste ano o Brasil tem potencial para ir à decisão. “É até esperado que esse revezamento chegue à final”, diz.
Murilo vai nadar em parceria com Fernando Scheffer, do Minas Tênis Clube; Breno Correia, do Pinheiros; e Luiz Altamir Lopes Melo, do Ideal Clube. Dos quatro, apenas Luiz Altamir já esteve numa Olimpíada. Ele integrou o quarteto 4×200 m no Rio-2016.
O surgimento de novos atletas, para Coach Alex, pode indicar uma evolução. “Existe uma certa de tendência de melhora”, afirma.
Na visão de Murilo, essa equipe também pode evoluir ainda mais com o passar dos anos. “É um time que ainda tem muito aprender não só para a essa Olimpíada, mas acho que, para as próximas, a gente vai evoluir muito mais”, aponta.
Família incentivou início e deu todo suporte para seu sucesso
Toda a trajetória do americanense Murilo Sartori na natação, desde o início, sempre teve a participação de sua família. As primeiras braçadas, inclusive, foram motivadas por seu irmão, Lucas Sartori, que já praticava a modalidade.
Murilo começou a nadar aos 9 anos. À época, ele não se interessava por natação. Mas, como acompanhava seu irmão nos treinos, acabou dando uma chance para o esporte.
“Sou muito ligado à natação, sempre gostei muito de esporte. Então, saber que tive uma pequena participação em um grande atleta que está surgindo é muito bom”, diz Lucas, que hoje, aos 22 anos, não compete mais.
Fora da água, porém, ele participa ativamente da carreira de Murilo. “Dedico um bom tempo do meu dia, às vezes, para resolver alguma coisa dele, para estar por dentro, agendar entrevista. Essas coisas, geralmente, são todas comigo”, afirma.
O estafe do nadador ainda conta com seus pais: Glauber, empresário, e Tatiane Sartori, professora, que adaptaram suas rotinas para ajudá-lo e sempre deram suporte financeiro para ele.
“Em casa, a nossa vida é toda moldada em cima dos horários do Murilo”, conta Tatiane, que trabalha de manhã e fica à disposição do filho à tarde.
Ela é responsável, por exemplo, pela alimentação dele. “O cardápio é bem complicado. Tem as alimentações na hora certa, os intervalos, os lanches, muita variedade de alimento”, aponta.
Além dessas questões logísticas, os pais também sempre buscaram transmitir valores para Murilo. “Eu e a minha esposa sempre o instruímos para ter humildade, mesmo já sendo um pouco famoso, sempre ter humildade, sempre ter companheirismo”, conta Glauber.