No Ceará
Morre Lula Pereira, técnico do Rio Branco entre 1998 e 1999
Responsável por lançar Sandro Hiroshi, ex-treinador comandou o Tigre no Paulistão e na Série C
Por Rodrigo Alonso
08 de fevereiro de 2021, às 15h50
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Com passagem pelo Rio Branco entre 1998 e 1999, o ex-técnico Lula Pereira morreu neste domingo (7), no Ceará, aos 64 anos, vítima de problemas cardíacos decorrentes de um AVC.
Lula iniciou sua trajetória à frente do Tigre no Paulistão de 1998. Ele comandou a equipe durante todo o campeonato. Inclusive, levou o time à liderança de seu grupo na primeira fase, ainda sem a presença dos grandes.
Em abril, acertou sua saída para o Ceará, mas disse que voltaria para o Rio Branco e cumpriu sua promessa. Lula retornou a Americana em julho e levou o clube para as quartas de final do Brasileiro da Série C.
Seu trabalho agradou aos dirigentes, que acertaram contrato com o treinador para 1999, com salário estimado em R$ 25 mil. E, naquele ano, ele chegou novamente à segunda fase do Estadual.
Seus maiores feitos naquela competição foram a vitória por 7 a 1 sobre o Mogi Mirim, a maior goleada do Rio Branco na história do Paulistão, e a aposta no atacante Sandro Hiroshi, que depois acabou vendido para o São Paulo.
“O Lula era um paizão para todos nós. Ele foi muito importante para a minha carreira, foi o treinador que me lançou para o time profissional”, disse Sandro ao LIBERAL.
No Tigre, Lula somou 64 jogos, com 26 vitórias, 14 empates e 24 derrotas. No Instagram Stories, o clube fez uma publicação em sua homenagem, com uma foto dele e a frase “obrigado, Lula Pereira”.
Carreira
Nascido em Olinda (PE), ele também passou por clubes como Avaí, Flamengo, América-MG, Portuguesa, Botafogo de Ribeirão Preto, Ceará, União São João, Guarani, Criciúma, Paysandu, Figueirense, Ferroviário e Bahia. Antes, ele havia feito carreira como jogador. Foi zagueiro de Sport, Santa Cruz e Ceará.
Como técnico, sagrou-se tricampeão cearense pelo Ceará, em 1989, 1990 e 1998; e faturou os títulos do Campeonato Catarinense pelo Figueirense, em 1994; do Mineiro pelo América, em 2001; e do Cadangão pelo Brasiliense, em 2006.
Também teve destaque no comando do União São João de Araras, pelo qual venceu o Brasileiro da Série B em 1996. Trabalhou com futebol pela última vez em 2016, quando era diretor de futebol do Ferroviário.