O americanense Celsinho, meia do Londrina, afirmou ter sido chamado de macaco por um homem ligado ao Brusque durante um jogo entre as duas equipes, no último sábado (28), em Santa Catarina.

Válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, a partida aconteceu no estádio Augusto Bauer e terminou empatada em 0 a 0. Em nota, o time da casa, o Brusque, negou qualquer ato racista e acusou o atleta de falsa imputação de crime. Depois, em outro texto, o clube pediu desculpas pelo posicionamento anterior.

Segundo o jogador, a ofensa veio de um homem que estava no camarote. “Uma equipe de porte médio-baixo recém-promovida a uma Série B de Campeonato Brasileiro estar cometendo um ato desses é inadmissível, mas as providências serão tomadas”, disse o americanense em entrevista ao canal SporTV, logo após o confronto.

Conforme consta na súmula, o americanense informou ao quarto árbitro que essa pessoa lhe ofendeu com as seguintes palavras: “vai cortar esse cabelo seu cachopa de abelha”.

O acusado foi identificado pela CBF como Julio Antônio Petermann, integrante do estafe do Brusque, ainda de acordo com o documento.

Neste domingo, em comunicado nas redes sociais, o clube catarinense rebateu as acusações. “O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artifício esportivo, nem, tampouco, com oportunismo”, escreveu.

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Nesta segunda, porém, o Brusque se retratou. “Cabe a nós, humildemente, reconhecer o erro da nota anterior e pedir desculpas mais uma vez ao atleta Celsinho e a compreensão de todos. O Brusque F.C. tomará todas as medidas cabíveis diante do ocorrido e vai apurar os fatos”, declarou. O LIBERAL não conseguiu contato com Petermann.

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Celsinho já tinha sido alvo de racismo duas vezes nesta Série B, em junho. Em ambas, as ofensas partiram de radialistas que trabalhavam nas transmissões.