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EM REUNIÃO

Associação de Natação Americanense pede retorno da lei de incentivo

Após congelamento de programa estadual, representantes da entidade fizeram um apelo ao prefeito Chico Sardelli

Por Rodrigo Alonso

24 de fevereiro de 2021, às 18h52 • Última atualização em 25 de fevereiro de 2021, às 08h56

Com o congelamento por três anos da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, a Associação de Natação Americanense e o vereador Juninho Dias (MDB) pediram para o prefeito Chico Sardelli (PV) avaliar o retorno da lei municipal que tinha o mesmo intuito.

A reivindicação foi feita nesta quarta-feira (24), durante reunião realizada no gabinete do chefe do Executivo. A associação esteve representada pelo presidente Renato Sega e pelo treinador Fabio Cremonez.

Sardelli, Juninho, Cremonez e Renato Sega se reuniram – Foto: Beatriz Costa / Prefeitura de Americana

Em resolução publicada em 15 de janeiro no Diário Oficial do Estado, a Secretaria da Fazenda e Planejamento suspendeu até 2023 os benefícios da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte.

O programa, em suma, permite que empresas destinem até 3% do valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para entidades esportivas.

Com a suspensão determinada pelo governo estadual, as instituições de Americana perdem mais uma possibilidade de obterem recurso por meio de impostos. Isso porque, desde novembro de 2017, a cidade também não oferece incentivo fiscal para empresários interessados em apoiar o esporte local.

Até então, as entidades esportivas do município podiam receber até 20% do ISSQN (Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza) pago pelas empresas apoiadoras.

O benefício era previsto numa lei municipal de 1995, mas acabou suspenso pela gestão do ex-prefeito Omar Najar (MDB). Por fim, em 2020, o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou o benefício como inconstitucional – o processo já transitou em julgado.

No ano passado, durante a campanha para as eleições municipais, Chico prometeu que reativaria a lei. Na reunião desta quarta, o atual prefeito disse que ainda ia estudar a viabilidade, segundo sua assessoria de imprensa.

“A nossa ideia de ir até o Chico, através do Juninho, foi pedir para que ele olhasse com carinho para a possibilidade de voltar”, comentou Cremonez.

Chico se comprometeu a analisar formas de incentivo e o fluxo de arrecadação para colocar em prática ações de apoio ao esporte.

“Queremos ver Americana voltar a crescer nessa área, com a reativação das escolinhas esportivas, de grandes eventos como o Gigantão e o Gigantinho e o reforço ao esporte de base”, declarou.

Estado
A Associação de Natação Americanense havia pleiteado para este ano sua entrada no Programa Estadual de Incentivo ao Esporte. Segundo o técnico, mesmo com o congelamento do benefício, a entidade deve receber a verba no segundo semestre, pois já fez a captação junto às empresas.

Porém, a associação não terá acesso ao recurso nos próximos dois anos. Cremonez citou que outras entidades de Americana dependem desse benefício, como a Escola de Goleiros Camisa 1. “É uma outra briga que a gente vai ter de ter com o governo do Estado”, afirmou.

No entanto, a Secretaria Estadual de Esportes diz que o governo vai apenas modificar a fonte de recursos da lei e que, então, “não haverá perda para o setor esportivo”.

Conforme nota divulgada pela pasta, “o programa passa a ser executado com recursos orçamentários ao invés de renúncia fiscal, mantendo o mesmo valor (R$ 60 milhões) e adotando normas e procedimentos semelhantes”.

Ainda de acordo com a secretaria, o decreto orçamentário com esse valor será publicado em breve. “A medida valerá para 2021, 2022 e 2023 e foi tomada para enfrentar o déficit fiscal gerado pela crise da pandemia do coronavírus”, escreveu.

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