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Americana FL

Águia se juntou à cobertura do Rio Branco, União e basquete

Jornalistas da cidade se desdobraram para acompanhar três times de futebol, inclusive com o Americana em ação pelo Brasil, e a equipe de basquete feminino na temporada 2011

Por Rodrigo Alonso

16 de outubro de 2020, às 11h05 • Última atualização em 16 de outubro de 2020, às 11h07

A passagem do Americana Futebol Ltda. pela cidade, anunciada há 10 anos, foi um marco para a cobertura esportiva local. Quando estava no município, em 2011, a equipe jogou, por exemplo, o Campeonato Brasileiro da Série B e viajou por todo o País. E jornalistas locais estavam na cola.

“Foi uma coisa diferente cobrir o Americana na Série B porque o LIBERAL nunca tinha coberto. Vários times grandes vinham jogar aqui e chamava bastante atenção”, afirma o editor de Cidades do LIBERAL, Diego Juliani, que era repórter de Esportes naquele ano.

Na Série A2 do Paulista, Rio Branco fez campanha ruim e foi rebaixado – Foto: Arquivo / O Liberal

Ele lembra que, em 2011, o jornal também cobriu o Rio Branco e o União Barbarense na Série A2 do Paulista, bem como o time feminino de basquete de Americana, que viria a conquistar quatro títulos brasileiros. “Foi o período de ouro da cobertura de esporte”.

As viagens interestaduais foram uma experiência inédita para profissionais que cobriam o esporte local. “Não sei se a gente vai ter a oportunidade de viver isso novamente”, diz Gustavo Antoniassi, que, na época, trabalhava como repórter da Rádio Azul Celeste e marcava presença em jogos dentro e fora de casa.

Equipe Unimed/Americana era referência para o basquete feminino tanto do Estado como do País – Foto: Arquivo / O Liberal

“Para a imprensa, foi um ano de glória”, aponta o jornalista, que também passou por apuros. Em uma das vezes, Antoniassi voou até a Bahia para uma partida contra o Vitória, no Barradão.

Após ter atravessado quase o País inteiro, um segurança barrou sua entrada. “Ele falava que precisava de uma credencial deles, que eu não tinha solicitado”, conta. Antoniassi só conseguiu acessar o estádio pois recebeu a ajuda de um jornalista local.

Em Pernambuco, antes do duelo com o Sport, ele também quase perdeu o início do jogo devido à diferença do fuso horário – era época de horário de verão, mas Pernambuco não adiantava os relógios. “Fui chegar faltando 20 minutos para começar a partida”.

União teve bons momentos, mas no fim só lutou contra o rebaixamento – Foto: Arquivo / O Liberal

Antoniassi lembra que os jornalistas locais eram criticados por cobrir o Americana, que, até 2010, ficava sediado em Guaratinguetá e levava o nome daquele município.

“A gente tinha as críticas do riobranquense pela chegada do Americana. E, quando o Americana veio de Guaratinguetá, a gente sofreu uma invasão de torcedores do Guaratinguetá, por e-mail, por SMS, por ligações na rádio, criticando a gente por acompanhar e cobrir o Americana, falando que o time não pertencia à cidade”, afirma.

Assessoria
Dentro do clube, também havia um jornalista americanense: Nacim Elias Romanelli, que atuava como assessor de imprensa. Ele começou a trabalhar na equipe em meados de março e permaneceu na função até o fim da temporada.

Assessor do Americana, jornalista Nacim Elias acompanhou Dodô de perto – Foto: Arquivo pessoal

“Eu trabalhei com o Dodô. Sou são-paulino, e o Dodô é meu ídolo de quando eu era moleque. Então, foi surreal”, diz o profissional, que nunca havia trabalhado com futebol antes.

Em 2011, assim como Antoniassi, Nacim também atuou em jogos fora do Estado, pelo menos quando tinha vaga para ele no avião.

“A CBF, na Série B, pagava até 23 passagens. Então, eram 11 jogadores titulares mais sete no banco. Já dava 18. Aí treinador, auxiliar… 20. Preparador físico, 21. Diretor de futebol, 22. E aí eu era a 23ª passagem. Quando tinha a necessidade de ir mais pessoas, eu ficava aqui [em Americana]”, conta.

Ele aponta que, mesmo com esse calendário nacional, o time não conseguiu criar uma identificação com a cidade. “Eu senti que o Americana não teve tanto apoio quanto poderia ter. Vinha time aqui que nunca veio e nunca mais vai vir”.

Antes de Nacim, o papel de assessor era desempenhado pelo barbarense Eder Henrique Chamorra. Ele lembra que a equipe ganhou fama no Estado quando goleou o Noroeste por 5 a 1, em Bauru, pela quinta rodada do Paulistão, e assumiu a liderança do campeonato – por fim, o Americana terminou em 12º lugar.

“Em poucas rodadas, o Americana saiu de um clube ‘estranho no ninho’ para se tornar o líder e a sensação do Paulistão. Com isso, todo mundo queria entender e saber um pouco mais sobre aquele Americana Futebol”.

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