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Esporte

Entidades do tênis definem apoio financeiro e brasileiros devem receber ajuda

Por Agência Estado

19 de maio de 2020, às 08h00 • Última atualização em 19 de maio de 2020, às 14h08

As principais entidades do tênis mundial definiram os critérios de ajuda financeira que deve ter impacto direto na rotina dos brasileiros. Até 19 atletas do País poderão receber o benefício, que vai variar de US$ 1 mil (cerca de R$ 5,7 mil) a US$ 8.650 (R$ 49,8 mil). Os contemplados devem ser notificados nos próximos dias, segundo apurou o Estadão.

Em documento obtido pela reportagem, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) apresentou os critérios para definir quem se enquadra na ajuda que serve para compensar as perdas financeiras dos últimos meses. A maior parte dos tenistas depende das premiações das competições para manter a si mesmos e suas equipes.

Os circuitos masculino e feminino foram paralisados na metade de março, poucos dias antes do início do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos. Na semana passada, a ATP e a WTA anunciaram que a suspensão das competições será estendida até 31 de julho devido à pandemia do novo coronavírus. Sem contar com as premiações, os tenistas brasileiros já passam dificuldades, como mostrou o Estadão no domingo.

Diante da situação difícil dos atletas pelo mundo, a ATP, a Associação do Tênis Feminino (WTA), a Federação Internacional do Tênis (ITF) e os quatro torneios do Grand Slam anunciaram uma ajuda de US$ 6 milhões (R$ 35 milhões) aos tenistas. A cifra será dividida igualmente entre homens e mulheres, para 800 jogadores de simples e de duplas.

Pelos critérios definidos, serão beneficiados tenistas que têm ranking de simples entre a 101ª e a 500ª posição. E, entre 51º e 175º, nas duplas. Além disso, o atleta precisa se enquadrar em duas exigências quanto às premiações já recebidas. Para receber o benefício, eles só podem ter recebido até US$ 250 mil nos últimos 12 meses, contando de 16 de março para trás. E também não podem ter embolsado mais de US$ 1 milhão nos últimos quatro anos, contando da mesma data de forma retroativa.

Se o tenista se enquadrar nestes critérios, receberá nos próximos dias uma primeira parcela de US$ 4.325 (R$ 25 mil) se for jogador de simples. E US$ 2.165 se atuar como duplista. Os detalhes sobre a segunda parcela, confirmada pelo documento, ainda serão divulgados futuramente, mas devem seguir os mesmos valores e critérios.

Estes pagamentos fazem parte do programado criada pelas entidades, chamado “Player Relief Programme”. Além dele, há ainda o ATP Travel Grant, que já existia antes da pandemia e serve para auxiliar nas viagens de jogadores de menor ranking. Este programa, que atende apenas os homens, tem critérios semelhantes, mas valores menores, de US$ 1.000 (R$ 5,7 mil) a US$ 2 mil (R$ 11,5 mil).

Os pagamentos serão depositados diretamente na conta bancária dos tenistas nos próximos dias. Pelos critérios apontados no documento, o Brasil poderia ter 13 tenistas do masculino contemplados pelo programa maior, como o jovem Thiago Wild (114º do mundo) e os veteranos Thomaz Bellucci (289º) e Rogério Dutra Silva (424º). E mais seis no feminino.

Atual número dois do Brasil, Beatriz Haddad Maia (286ª) tem chances remotas de ser contemplada porque está suspensa. A punição se encerra ainda nesta semana, o que poderia abrir oportunidade de ser incluída, a depender da interpretação dos dirigentes do programa.

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