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+ Esportes

Embaixada pede calma a paralímpicos em Quito: ‘Governo tenta repatriar 6 mil’

Por Agência Estado

27 de março de 2020, às 16h55 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h33

A delegação paralímpica de natação da equipe de Indaiatuba continua à espera de uma resposta do Itamaraty para conseguir retornar ao Brasil. O Estado teve acesso a mensagem que a Embaixada do Brasil em Quito enviou para os nove atletas e o treinador que estão tentando retornar há 13 dias do Equador. O texto pede calma e informa que há cerca de seis mil brasileiros em situação semelhante em outros países.

“A evacuação poderá acontecer por meio de aeronaves comerciais ou da Força Aérea Brasileira. Estamos em contato várias vezes por dia com Brasília, de modo a viabilizar os voos com a urgência que a situação requer”, escreveu Pedro Cunha e Menezes, ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Quito.

A história foi revelada pelo Estado na última terça-feira, quando o governo brasileiro autorizou a Força Aérea Brasileira buscar a delegação. De lá para cá, os atletas não receberam mais boas notícias. “Nosso retorno está nas mãos do Itamaraty e do Ministério da Defesa. Porque tem outros países com brasileiros e eles estão planejando as prioridades. Dependemos deles”, informou por telefone a nadadora Cecília Araújo, campeã mundial paralímpica e medalha de ouro no Parapan de Lima na classe de paralisados cerebrais.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Defesa informou que ainda não tem data confirmada para a volta dos atletas. A Embaixada em Quito disse que o esforço envolve diversas entidades. “No Brasil, foi instalado um comitê de crise, integrado pela Casa Civil da Presidência da República, pelos Ministérios das Relações Exteriores, da Defesa, do Turismo, dos Transportes, bem como pela Embratur, ANAC, companhias aéreas e operadoras de turismo para planejar e executar a repatriação dos mais de seis mil brasileiros espalhados por mais de 100 países”, informou.

Enquanto aguardam pela definição, os nove atletas tentam estabelecer uma rotina. Cecília tem comandado pela manhã sessões de ioga e meditação. O técnico Antônio Luiz Duarte Cândido cuida das compras e divide as tarefas. “Estamos cozinhando no hotel. Como não temos geladeira, temos de fazer compras quase que diariamente. O nosso treinador tem saído e a cada um aqui fica com uma tarefa”, informou Cecília.

O grupo viajou para o Equador no último dia 3 para a disputa de uma seletiva para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Eles desembarcaram inicialmente em Cuenca no início do mês para iniciar treinamento específico na altitude de 2,5 mil metros. A intenção era melhorar o preparo físico do time de olho na seletiva que começaria nesta quinta-feira. No dia 13, a competição foi cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus. Um dia depois, o aeroporto nacional foi fechado.

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