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Tênis

Em 1º grande desafio com Oncins, Brasil aposta em ascensão de Wild na Davis

Por Agência Estado

05 de março de 2020, às 09h22 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 12h03

O Brasil iniciará na noite desta quinta-feira seu primeiro grande desafio na Copa Davis sob o comando do capitão Jaime Oncins. Após superar a modesta equipe de Barbados, na estreia de Oncins como líder do time, no ano passado, o time nacional terá pela frente a tradicional Austrália, fora de casa, na cidade de Adelaide. E a grande aposta brasileira é jovem Thiago Wild, embalado para o confronto após superar feito de Gustavo Kuerten.

Aos 19 anos, ele se tornou o mais jovem brasileiro campeão de um torneio de nível ATP ao levantar o troféu do Torneio de Santiago, no Chile, no fim de semana passado. Wild mal teve tempo para comemorar. Logo após a final, embarcou para a Austrália para se integrar ao time brasileiro.

Não por acaso o jovem tenista será titular pela primeira vez na Davis. Ele fará o segundo jogo do confronto, contra John Millman. A partida deve acontecer já na madrugada de sexta-feira, pelo horário de Brasília. “Este é um torneio que todo tenista sonha em jogar. Minha estreia vai ser um jogo especial, que vou levar para toda a minha vida. Espero aproveitar o meu momento na quadra da melhor forma possível”, projeta Wild.

O duelo será aberto com a partida entre Thiago Monteiro e Jordan Thompson, às 23h30 (de Brasília). Contra a Austrália, o Brasil disputa o qualificatório da Davis, que vale vaga nas Finais da competição, em novembro. E, se no início o time nacional era franco azarão no duelo, agora as chances parecem mais equilibradas, principalmente depois que Nick Kyrgios e Alex De Minaur anunciaram a dispensa do time australiano em razão de lesões.

O 39º e o 26º colocado do ranking, respectivamente, viviam grande momento no circuito antes dos problemas físicos. Assim, o capitão Lleyton Hewitt, ex-rival de Guga, vai precisar contar com Millman (43º) e Thompson (63º), que estão à frente dos brasileiros no ranking, mas estão longe de serem imbatíveis.

Para ajudar, os tenistas do País vivem boa fase na temporada. Além do embalo de Wild (113º), o time conta com a boa sequência recente de Monteiro, 82º do mundo, bicampeão do Challenger de Punta del Este no mês passado e dono de exibições consistentes na gira sul-americana de saibro. Outra opção é João Menezes, 181º do ranking, campeão pan-americano nos Jogos de Lima e único tenista brasileiro já garantido na Olimpíada.

“Nós temos um bom time. O Thiago Wild chega muito confiante, o Thiago Monteiro está jogando muito bem, assim como o João Menezes também está. O Felipe fez uma grande partida no Rio de Janeiro. Temos opções que podemos usar e um grupo forte, assim como a Austrália, mesmo sem o Kyrgios e o Alex de Minaur. Eles têm grandes jogadores a ainda contam com o favoritismo por jogar em casa, onde podem escolher o tipo de piso e as condições”, avalia Oncins.

Curiosamente, o ponto forte do Brasil não estará nas duplas desta vez. Bruno Soares e Marcelo Melo pediram dispensa, algo raro no time – Melo não ficava de fora de um confronto da Davis desde 2007. Marcelo Demoliner, especialista em dupla, e Felipe Meligeni vão defender o País contra John Peers, ex-número 1 nas duplas, e James Duckworth, a partir das 22h30 de sexta, pelo horário de Brasília.

Com forte tradição no tênis mundial, a Austrália é a segunda maior vencedora da história da Davis, com 28 títulos. Só está atrás dos Estados Unidos, com 32 troféus.

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