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Duda Amorim projeta pódio do handebol em Tóquio: ‘É a medalha que me falta’

Por Agência Estado

13 de janeiro de 2020, às 17h30 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h39

Aos 33 anos, Duda Amorim é considerada uma lenda no handebol. A atleta brasileira está há quase 11 anos na Hungria, já foi campeã mundial com o Brasil, ganhou cinco vezes a Liga dos Campeões da Europa vestindo a camisa do Gyori Audi ETO KC e acabou de ser eleita a melhor jogadora da Europa.

Antes, já havia sido indicada como a melhor do mundo, em 2014. Mesmo em alta, ela garante que já traçou uma programação pessoal para chegar voando nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando vai em busca da medalha que falta em sua carreira.

Como foi receber o prêmio de melhor jogadora da Europa?
Fiquei muito feliz, e mais uma vez honrada. Sempre tive o objetivo de ser uma das melhores, e ser reconhecida por isso é maravilhoso. Sou muito grata às minhas companheiras de equipe e ao meu clube, que me permitem evoluir todos os dias. E também aos meus fãs e família que votaram em mim para conseguir esse prêmio.

Esta é mais uma premiação para sua carreira. Quais honrarias mais te marcaram? Falta alguma coisa?
Acredito que ser eleita a melhor jogadora do mundo em 2014 foi marcante. É o maior prêmio do handebol. Lembro com carinho também do prêmio de melhor armadora no Campeonato Mundial Júnior e do MVP no título do mundial do Brasil em 2013. Graças a Deus estou satisfeita com todos esses prêmios, podem vir mais, lógico, mas acredito que conquistei bastante coisas boas durante minha carreira. Talvez ter o recorde de número de títulos da Liga dos Campeões. Tenho cinco, a atleta que tem mais tem sete. Ainda é possível.

Quando iniciou sua carreira, imaginava que seria uma das melhores atletas do mundo na modalidade?
Bem no início não. Com 13, 14 anos apenas sonhava em ser profissional. Mas quando mudei para a Europa com 19 anos, já sonhava em ser uma das melhores armadoras esquerdas do mundo, quando ninguém imaginava ou acreditava. E, com o tempo, fui almejando mais e mais. Sempre fui dedicada e ambiciosa. Na minha opinião, é necessário tirar o máximo da sua carreira.

Como foi sua temporada europeia?
Foi ótima. No ano passado conquistamos os três títulos que jogamos: Copa e Liga Húngara, e Liga dos Campeões. E estamos bem, com chances de conquistar tudo novamente.

Como é sua relação com os fãs na Hungria? Te reconhecem na rua?
Sim. Gyor tem 120 mil habitantes e a cidade respira handebol. Como estou aqui há quase 11 anos, muitas pessoas me reconhecem e são muito gratas pela minha dedicação ao clube. No mercado, nos restaurantes, na rua. Gostam muito de mim, então são simpáticos e positivos.

E como é sua vida longe do Brasil? Sente falta de algo?
Sinto falta dos meus amigos e família. É difícil estar longe. Na sexta-feira minha sobrinha nasceu e não sei quando poderei visitá-la. Mas todos esses sacrifícios valem a pena, espero que quando me aposentar do handebol possa ter mais tempo pra curtir a família.

A seleção brasileira não foi bem no Mundial. Acha que dá para melhorar para os Jogos Olímpicos?
Talvez não tivemos um bom resultado, mas tivemos bons momentos. Falta ainda a consistência para chegar no alto nível. Fizemos jogos bons durante 45 minutos, 50 minutos, mas precisamos melhorar para jogarmos bem os 60 minutos, e todos os jogos. Não ter tantos altos e baixos. Olimpíada é um campeonato totalmente diferente, onde tudo pode acontecer. Eu acredito que podemos melhorar. Eu estou fazendo minha parte e já fiz meu planejamento de melhorias até os Jogos Olímpicos. Espero que as outras atletas façam o mesmo.

Talvez seja sua última chance de uma medalha olímpica na carreira. É possível?
Estando lá tudo é possível. O handebol feminino, depois de duas ou três equipes que são superiores, é bem igualado. Então eu sonho e acredito sim, é a última medalha que me falta.

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