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Esporte

Cuca desconversa sobre futuro, mas vê Santos com ‘problemas gravíssimos’

Treinador diz manter contato constante com a diretoria do Santos, mas evita indicar se renovará seu vínculo

Por Agência Estado

07 de fevereiro de 2021, às 06h30 • Última atualização em 07 de fevereiro de 2021, às 12h33

Com contrato somente até o fim do Brasileirão, Cuca faz mistério sobre o seu futuro. O treinador diz manter contato constante com a diretoria do Santos, mas evita indicar se renovará seu vínculo com o atual vice-campeão da Copa Libertadores. Ele, no entanto, garante estar ciente das dificuldades pelas quais passa o clube paulista no momento.

“Sempre sou muito aberto, muito franco (com a diretoria), quero cumprir meu contrato. Vim pelo prazer e pelo desafio do trabalho. Estou muito contente com tudo que tenho adquirido aqui, no retorno com os jogadores, dentro de campo. Uma pena não ter o torcedor do nosso lado, por causa da pandemia”, desconversou Cuca, ao ser questionado sobre seu futuro.

Mas o técnico deixa claro que as atuais limitações do clube podem pesar em sua decisão. Endividado e correndo risco de sofrer novas punições da Fifa, por falta de pagamentos a jogadores e clubes com os quais negociou nos últimos anos, o Santos tem dificuldade para reforçar o elenco e deve vender bons jogadores para conseguir se manter nos próximos meses.

“O Santos hoje vive problemas seriíssimos e gravíssimos. Tem duas ou três punições da Fifa a serem pagas. Tem dívidas com jogadores. E não tem a receita para isso. A receita é a venda de jogadores, como vendeu o Lucas (Veríssimo) e o Pituca. Daqui a pouco, vai ter que vender mais um. E não vai dar conta, vai ter que vender mais dois. E não para contratar, será para poder pagar as contas, os salários”, comentou Cuca, após o empate com o Atlético-GO por 1 a 1, em Goiânia, pelo Brasileirão.

O treinador afirmou que na temporada 2021, a começar em março, o Santos deve enfrentar maiores dificuldades dentro de campo, em razão da provável venda de jogadores, e também fora, devido à pressão da torcida.

“O pessoal vai ter que arrumar a casa. E você não vai arrumar a casa pondo os móveis, que são os jogadores, vai ter que arrumar a estrutura. E o torcedor quer ver o Santos competindo com Palmeiras, Corinthians. As derrotas vão ter consequência, tanto para o treinador quanto para o emocional dos meninos. Temos que pensar nisso com muito cuidado e carinho. Tenho conversado com o presidente, como amigo que sou dele”, disse Cuca.

Mesmo sem garantir sua permanência no clube, o treinador disse o grupo Santis “está muito fechado” para reagir na reta final do Brasileirão e conquistar a vaga na próxima edição da Libertadores. “Esse grupo está muito fechado, consciente do que podem e devem fazer, que é estar na Libertadores do ano que vem. Não vai faltar esforço de ninguém para tentar conseguir essa vaga.”

Em décimo lugar, com 47 pontos, o Santos tem mais quatro jogos para iniciar a reação e se reaproximar dos líderes da tabela. O time vem de uma série de seis jogos sem vitória, somando Brasileirão e Libertadores.

Cuca, contudo, minimizou a série negativa. “Tem que voltar lá trás e lembrar que tirei os titulares duas vezes por causa da final da Libertadores. Penso que estamos em cima do revés da final da Libertadores, que foi um baque muito grande para todos. Mas os jogadores já reagiram muito bem no empate com o Grêmio, e hoje ainda mais. O time jogou bem. As baixas do Pituca, do Veríssimo e Marinho, fazem muita falta, mas o time soube se portar sem eles também. Isso nos deixa com confiança para a sequência.”

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