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Crise

Corinthians atinge 3º mês de atrasos salariais e pode perder jogadores

Clube espera quitar parte dos atrasados nos próximos dias, ainda nesta semana; Lei Pelé permite rescisão de contrato após 90 dias de inadimplência

Por Agência Estado

08 de junho de 2020, às 21h20 • Última atualização em 08 de junho de 2020, às 22h43

O Corinthians completou o terceiro mês sem pagar os salários do seu elenco na última sexta-feira. O atraso coloca o clube em risco de perder atletas gratuitamente caso eles acionem a Justiça, de acordo com a Lei Pelé, que permite a rescisão dos vínculos em caso de inadimplência de ao menos 90 dias.

Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, tenta quitar atrasos para não perder jogadores – Foto: Rodrigo Gazzanel – Ag. Corinthians

A assessoria de imprensa do Corinthians confirmou a informação do atraso salarial. E o clube espera quitar parte dos atrasados nos próximos dias, ainda nesta semana. Para isso, deverão ser usados os recursos obtidos com a venda do meia-atacante Pedrinho ao Benfica.

Recentemente, o clube fechou um acordo com um banco para receber adiantado o valor das quatro parcelas da negociação, assinada por 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 109 milhões, na cotação atual).

A paralisação do Campeonato Paulista, em 16 de março, causou grave efeito financeiro sobre o Corinthians, que deixou de pagar o salários dos atletas pela primeira vez em 5 de abril.

Recentemente, o clube definiu um corte de 25% nos pagamentos do elenco principal. Além disso, cortou os vencimentos dos funcionários em até 70%, aproveitando uma MP do governo federal, que assume o custeio de parte do valor.

Nos últimos meses, o clube sofreu queda nos valores obtidos com receitas como direitos de transmissão, programa de sócio-torcedor e patrocínios – a empresa MajorSports anunciou a rescisão de contrato na semana passada, enquanto outros acordos tiveram o valor pago reduzido ou suspenso durante a pausa das competições pela pandemia do coronavírus.

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