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Olimpíada

COI e OMS assinam acordo em busca ‘ambiente saudável’ para Olimpíada

Acordo reconhece o esporte e os exercícios físicos como atividades essenciais para a saúde da população em meio à pandemia

Por Agência Estado

16 de maio de 2020, às 09h55 • Última atualização em 16 de maio de 2020, às 10h52

Em uma entrevista coletiva histórica concedida neste sábado, em Genebra, na Suíça, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, assinaram um acordo entre as duas entidades. O memorando tem como objetivo reconhecer o esporte e os exercícios físicos como atividades essenciais para a saúde da população em meio à pandemia do novo coronavírus.

“Durante os últimos meses, na crise atual, todos vimos a importância do esporte e da atividade física para a saúde física e mental. O esporte pode salvar vidas”, declarou Bach. “As Olimpíadas, atletismo ou futebol não são apenas para os atletas. Tem que ser uma cultura para todos e tem que ser responsabilidade de todos”, reforçou Tedros.

As entidades destacaram que o memorando de entendimento assinado neste sábado servirá para nortear a adaptação do COI e da OMS diante dos cenários possíveis em relação à realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, remarcados para 2021.

“Estabelecemos no COI um princípio de que os Jogos precisam ser organizados num ambiente saudável para todos. É uma força conjunta que inclui a OMS e que começou em fevereiro deste ano. Levamos os conselhos da OMS em consideração para tomar nosso adiamento”, afirmou o presidente do COI.

Tedros disse que não será fácil tornar as Olimpíadas de Tóquio no próximo ano uma reunião global segura após a pandemia. Ele pediu “unidade nacional e solidariedade global” para combater o surto de covid-19 antes das Olimpíadas. O evento, previsto para ser realizado entre 23 de julho e 8 de agosto do ano que vem, deve reunir cerca de 11 mil atletas de mais de 200 países no Japão.

Bach endossou a declaração de Tedros, afirmando que, no momento, não é possível assegurar que existirá um ambiente saudável para os atletas competirem no próximo ano, e elogiou o trabalho da OMS neste momento em que vários países vivem uma crise de saúde sem precedentes.

“Neste momento, ninguém pode realmente dar uma resposta confiável sobre como o mundo se parecerá em julho de 2021”, pontuou o presidente do COI. “É muito cedo para começar a especular sobre diferentes cenários e o que pode ser necessário para garantir esse ambiente seguro para todos os participantes. Por isso que estamos aqui trabalhando juntos e levantando essa questão diariamente, nos adaptando”, acrescentou.

Recentemente, especialistas em saúde, inclusive no Japão, questionaram como a Olimpíada pode ser realizada antes que um programa global eficaz de vacinas esteja em vigor.

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