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Esporte

Brasileiro do atletismo receberá medalha olímpica do 4×100 metros 20 anos depois

Por Agência Estado

18 de maio de 2020, às 18h45 • Última atualização em 18 de maio de 2020, às 21h09

A espera de Cláudio Roberto de Sousa para receber a medalha olímpica vai finalmente acabar. O velocista brasileiro fez parte da equipe do revezamento 4×100 metros brasileiro na Olimpíada de Sydney, em 2000, tendo participado das eliminatórias, mas não havia sido um dos laureados com a histórica prata – na final, a equipe nacional foi a segunda colocada.

O Comitê Olímpico Internacional (COI), porém, reviu o caso após pedido do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e vai premiá-lo, ainda que não tenha participado da disputa pela medalha, quando o quarteto nacional foi composto por Vicente Lenílson, Edson Luciano, André Domingos e Claudinei Quirino. Ele não subiu ao pódio por questões protocolares, tinha direito a ser premiado, embora isso nunca tenha acontecido.

“Eu tenho orgulho daquele time ter ganhado a medalha. Eu fiz parte dele, corri com eles. São vinte anos a espera dessa carta. Eu só tenho a agradecer”, disse Cláudio Roberto. “Não posso deixar de ressaltar a importância do COB que foi o mediador dessa situação, em contato com o Comitê Olímpico Internacional, reivindicando essa medalha. O COB foi fundamental para que essa medalha chegasse até a mim. Agradeço ao nosso presidente, Paulo Wanderley, que me ligou para dar os parabéns, ao diretor Jorge Bichara, que foi muito resiliente na busca dessa medalha, e a todos que de alguma maneira contribuíram para esse momento. Agradeço muito pelo interesse de todos em resolver essa história”.

Cláudio, hoje com 46 anos, viu a última etapa da busca pela medalha se iniciar em 2019, quando se encontrou com o vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta, em Teresina. O comitê, então, fez o pedido ao COI, que enviará a medalha ao brasileiro até setembro.

“Assim que o COB receber a medalha enviada pelo COI, providenciaremos uma cerimônia de entrega da medalha à altura do feito do Cláudio Roberto. O Comitê tem trabalhado para valorizar a memória do esporte olímpico brasileiro e, sem dúvidas, essa homenagem fará jus a um dos grandes velocistas do Brasil”, completou Paulo Wanderley, presidente do COB.

Cláudio fechou a prova nas eliminatórias ao lado de Vicente Lenilson, Edson Luciano e André Domingos, com o tempo de 38s32, a segunda melhor marca daquela fase. A partir da semifinal, foi substituído por Claudinei Quirino, que ajudou a equipe a levar a prata com o tempo de 37s90.

“A sensação de receber a medalha é maravilhosa. Eu busquei essa medalha durante anos e, de repente, ela vai chegar no meu peito. Nunca perdi a esperança, mas sempre conduzi de uma maneira tranquila. Esse é o meu jeito. Confesso que quando o André Domingos me deu uma réplica da medalha, parei de ir atrás, mas ao mesmo tempo com a esperança, acreditando que de alguma forma esse momento iria acontecer. Agora é esperar mais uns meses até essa medalha chegar até mim. Já tá confirmado, já é oficial e eu estou numa felicidade bem grande”, comentou.

Em seu currículo, Cláudio possui outras medalhas, a prata dos 4×100 metros no Mundial de Atletismo, em Paris (França), e o ouro nos Jogos Pan-americanos de Santo Domingo (República Dominicana), ambas conquistadas em 2003.

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