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Esporte

Bayern de Munique fecha temporada com lucro de R$ 38 milhões, apesar da pandemia

Por Agência Estado

17 de fevereiro de 2021, às 20h52 • Última atualização em 18 de fevereiro de 2021, às 08h35

O título mundial do Bayern de Munique conquistado na última semana coroou com mais uma taça uma equipe que tem sido bastante eficiente tanto dentro como fora de campo. Mesmo em um cenário de crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus, a equipe alemã conciliou as seis taças erguidas em um ano com o feito de ser um dos poucos times europeus a fechar a última temporada com superávit. A equipe registrou o lucro de aproximadamente R$ 38,4 milhões;

Segundo um estudo da consultoria KPMG, o Bayern de Munique conseguiu passar pela temporada 2019/20 sem grandes sofrimentos. O trabalho analisou as finanças das equipes campeãs das seis principais ligas nacionais europeias (Alemanha, Espanha, Itália, França, Portugal e Inglaterra) e encontrou no Bayern de Munique fatores que mostram o quanto o clube é muito forte também fora de campo.

A KPMG analisou as finanças dos clubes e encontrou que o Bayern de Munique teve uma queda de receitas de somente 3% em comparação à temporada anterior (2018/19). A diferença pequena se destaca em um cenário de recuos de até 15%, caso do Paris Saint-Germain, ou 50%, a exemplo do Porto. A equipe alemã registrou uma receita de R$ 3,9 bilhões e conseguiu reduzir os gastos enquanto perdia arrecadações principalmente pelos jogos sem a presença de torcida. Também houve redução nos cotas de transmissão de TV. O clube recebeu 4% a menos.

“O Bayern soube fazer o dever de casa no momento da pandemia. Houve redução de 20% dos salários dos funcionários e isso ajudou a conter as despesas. O clube soube segurar uma rédea curta durante a pandemia”, explicou ao Estadão o sócio-líder do segmento de mídia e esportes da KPMG, Francisco Clemente. “O Bayern só teve 3% de queda enquanto outros campeões nacionais perderam em média 12%. O clube estava muito mais preparado para enfrentar a crise”, afirmou.

Com as reduções salariais, o Bayern fez a folha de pagamento corresponder a no máximo 52% do total de receitas e conseguiu compensar as perdas geradas pela pandemia. Ao evitar o prejuízo, o clube chegou à 28ª temporada consecutiva com resultados lucrativos. Além disso, o posicionamento na internet foi marcante. O Bayern aumentou o número de seguidores em todas as redes sociais, com destaque para o TikTok. O crescimento foi de 111%.

O estudo analisa também o poder decisivo de uma das parceiras do Bayern, a montadora de carros Audi. A empresa fez um novo contrato com o clube, o que garantiu a injeção de cerca de R$ 325 milhões. A Audi, juntamente com a Adidas e o grupo Allianz têm cerca de 8,3% cada um das ações do clube. Os outros 75% pertencem ao próprio Bayern de Munique.

“O clube tem uma gestão profissional e conta com o conhecimento dessas grandes marcas. Os números são frutos de um trabalho muito competente”, analisou Clemente. “O Bayern sabe trabalhar muito bem com a marca deles e tem um dos maiores programas de sócio torcedor do mundo. É uma fonte de receita segura e muito importante para períodos como esse”, acrescentou.

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