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Esporte

Áudios revelam como VAR ajudou árbitro em Palmeiras x River: ‘Não é gol’

Por Agência Estado

13 de janeiro de 2021, às 18h33 • Última atualização em 13 de janeiro de 2021, às 22h11

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) divulgou nesta quarta-feira os áudios das conversas dos árbitros durante os momentos mais decisivos e polêmicos da partida entre Palmeiras e River Plate, pela semifinal da Copa Libertadores. A entidade revelou que nos três lances capitais analisados pelo árbitro de vídeo (VAR), em todos o colombiano Nicolás Gallo teve atuação decisiva para evitar erros e orientar o árbitro em campo, o uruguaio Esteban Ostojich.

A partida no Allianz Parque foi vencida pelo time argentino por 2 a 0, placar que deu a classificação à final ao Palmeiras pelo triunfo por 3 a 0 no jogo de ida. O segundo tempo teve três momentos decisivos de análises de lances graças ao auxílio da tecnologia. Todos os episódios envolveram o ataque do River. Um gol foi anulado por impedimento, um pênalti acabou sendo cancelado e outra possível penalidade foi descartada.

O primeiro lance foi aos seis minutos do segundo tempo. O River Plate marcou o terceiro gol com Montiel e os times já se preparavam para recomeçar a partida quando a equipe do VAR detectou uma irregularidade ao revisar toda a movimentação em campo. O atacante Borré estava voltando da posição de impedimento e participou do início da jogada ofensiva.

“Depois do toque do jogador do Palmeiras, há um rebote e este jogador está em posição (irregular). Não é gol”, avisou o árbitro do VAR. “Esteban, há um impedimento. Na intersecção do semicírculo com a linha da grande área”, disse o colombiano ao árbitro uruguaio. O gol foi invalidado e o impedimento foi marcado sem Ostojich precisar ir ao monitor ao lado de campo para conferir.

Aos 30 minutos do segundo tempo, o árbitro uruguaio assinalou pênalti para o River em uma jogada entre Alan Empereur e Matías Suárez. Pouco antes do River fazer a cobrança, novamente a equipe do VAR avaliou toda a disputa de bola e encontrou um equívoco do uruguaio. “Esteban, te recomendo um OFR (on-field review, revisão no monitor, em inglês) para a jogada que você marcou. O jogador se deixa cair antes (do contato)”, avisou o colombiano.

O árbitro em campo seguiu a recomendação e foi ao monitor ao lado do gramado para rever o lance e debater com os auxiliares qual decisão deveria tomar. Ostojich deu razão ao aviso do colega. “Vou mudar de decisão. O jogador de branco (do River Plate) arrastava o pé antes do contato”, avisou. Logo depois, a marcação do pênalti contra o Palmeiras foi cancelada.

O último momento delicado do jogo foi aos 52 minutos do segundo tempo. O River buscava o terceiro gol para tentar levar a decisão para os pênaltis quando em uma jogada na área, Borré e o palmeirense Kuscevic trombaram e caíram. Inicialmente, a marcação do uruguaio foi de um toque de mão do atacante do River após a queda. No entanto, a equipe do VAR analisou se o contato foi faltoso.

“Não tenho de todas maneiras um lance claro de pênalti, uma ação de contato”, descartou o colombiano operador do VAR. Ele ainda identificou que na verdade, antes de tudo, o atacante do River estava em posição irregular. “Esteban, antes da ação na área, há uma ação de impedimento interpretativo”, avisou. Novamente o árbitro foi ao monitor para avaliar a jogada e confirmou o impedimento do ataque argentino.

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