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Esporte

Atletismo do Brasil soma 200 medalhas em paralímpiadas e País encosta em recorde histórico

Por Agência Estado

06 de setembro de 2024, às 22h50 • Última atualização em 07 de setembro de 2024, às 11h42

O esporte paralímpico do Brasil não para de acumular marcas históricas. Nesta sexta-feira, com a prata de Thiago Paulino no arremesso do peso F57, o atletismo verde e amarelo chegou a 200 medalhas na história da competição. Foram oito pódios no dia e, com 70 em Paris, faltam apenas mais três para superar o recorde de 72 somado nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016 e em Tóquio, disputado em 2021.

Já na natação nacional também atingiu uma marca importante. Gabriel Bandeira foi prata nos 100m costas para somar a 150ª medalha da natação. Juntas, as duas principais modalidades acumulam 350 dos 443 pódios do Brasil em Jogos Paralímpicos. Ainda nas piscinas, o paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de prata, com o tempo de 58s54, novo recorde das Américas, nos 100m costas da classe S14 (deficiência intelectual).

Apesar das duas medalhas de pratas históricas, o Brasil voltou ao topo do pódio com os bicampeonatos de Talisson Glock, nos 400m livre S6, e de Alana Maldonado, no judô, ao superar a chinesa Yue Wang, na final da categoria até 70kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens).

“Eu fico muito, muito feliz com o que eu tenho feito aqui nessa competição. Foi muita entrega, muita dedicação. Melhor recorde pessoal. E não acabou, amanhã tem a última para a gente encerrar”, celebrou Talisson. “Eu tenho uma grande conexão mesmo com o meu técnico. Eu já tentei em alguns momentos da minha carreira fazer alguma coisa diferente, mas eu sempre acabo retornando para ele. É muito bom ter o Felipe do meu lado, ele é um técnico muito bom. E isso é fruto do nosso trabalho, a gente plantou, plantou e agora a gente tá colhendo.”

Além do feito de Thiago Paulino no arremesso de peso, o atletismo brasileiro ainda viu a paulista Zileide Cassiano, de 26 anos, conquistar sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos no salto em distância, da classe T20 (deficiência intelectual). Ela ficou em segundo com 5,76m. A potiguar Jardênia Félix terminou em 5º lugar com 5,57m e a acreana Débora Lima no 6º lugar com 5,49m.

Antônia Keyla, do Piauí, conquistou a medalha de bronze na final dos 1500m T20 (deficiência intelectual). Ela chegou na terceira colocação com o tempo de 4min29s40, cravando o novo recorde das Américas, superando sua própria marca, de 4min30s75.

O fluminense Ricardo Mendonça, o paulista Christian Gabriel e o maranhense Bartolomeu Chaves avançaram para a final dos 200m T37 (paralisados cerebrais). Christian correu em 23s05 e fez o melhor tempo das eliminatórias. Ricardo, com 23s51, avançou em quinto, e Bartolomeu, com 23s53, em sexto. A final acontece às 10h36 (Paris) e 5h36 (Brasília) deste sábado. Entre os brasileiros na prova dos 400m T47 (amputados de braço), apenas o paulista Thomaz Ruan avançou para a final. Ele fez 48s68, o quarto melhor tempo geral das eliminatórias.

No halterofilismo, a amazonense Maria de Fátima Castro ganhou a medalha de bronze na categoria até 67kg na Arena La Chapelle. A atleta levantou 133kg, o recorde das Américas.

A outra medalha do dia veio no judô. A carioca Brenda Freitas levou a prata ao vencer a grega Theodora Paschalidou, na semifinal, e perder para a chinesa Li Liu na decisão na categoria até 70kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz).

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