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Esporte

Andrés critica protesto da torcida e diz que grupo está assustado: ‘Emboscada’

Por Agência Estado

15 de setembro de 2020, às 14h46 • Última atualização em 15 de setembro de 2020, às 19h00

Pouco mais de um dia depois das ameaças sofridos pelos jogadores em um protesto de torcedores no saguão de desembarque do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), depois da derrota para o Fluminense, no domingo, o presidente Andrés Sanchez falou pela primeira vez sobre o ocorrido e criticou a ação. Para o dirigente, houve uma emboscada.

“Primeiro, realmente é lamentável, até porque nós, historicamente, sempre atendemos os torcedores. No Corinthians, você sempre é cobrado. Agora, ser intimidado, ameaçado, isso não faz parte da torcida do Corinthians. Fazia anos que não acontecia isso. Foi uma emboscada. A própria Polícia, seguranças do aeroporto e do clube, falaram que tinham 12 pessoas. Pedimos para sair pela pista, mas não permitiram. Aí de repente aparecerem 30 pessoas”, relatou o presidente.

Andrés comentou que o elenco corintiano ainda tenta se recuperar do que aconteceu na noite de domingo. “Saímos e, infelizmente, houve aquele absurdo, que não condiz com a torcida do Corinthians. Obviamente que os jogadores estão muito assustados e tristes, eu também. No dia seguinte, ficar ameaçando jogador e familiares é ridículo. Nas redes sociais, não se sabe quem tá falando, isso é muito ruim. Os jogadores estão se recuperando”, disse.

No protesto, muitos jogadores, como o goleiro e capitão Cássio, foram cobrados pelo desempenho ruim do time na temporada. Sobrou até para o atacante Luan e o zagueiro Danilo Avelar, que nem estavam na delegação que viajou ao Rio de Janeiro.

“Danilo Avelar nem tava no jogo, nem tava na delegação. Luan também não. Foi muito desagradável, até porque sempre abrimos as portas para atender. Ser cobrado é uma coisa, ser pressionado é outra coisa, mas ali foi intimidação. Nenhum jogador pediu nada, todos estão tristes, meio assustados, mas hoje já é um dia melhor. Não teve ninguém pedindo para ser negociado ou pedindo para sair do Corinthians”, afirmou Andrés.

Outro ponto abordado na entrevista coletiva virtual desta terça-feira foi a saída do técnico Tiago Nunes, definida na última sexta após a derrota no clássico para o Palmeiras, na Neo Química Arena, em São Paulo. O presidente corintiano, que havia garantido dias antes que não tiraria o treinador do cargo, revelou que mudou de opinião e garantiu que não houve interferência dos jogadores na decisão.

“Houve matérias dizendo que eu tive reunião na sexta com os jogadores, mas isso é mentira. Sexta de manhã eu estava na CBF, nem estive com os jogadores, só encontrei eles no sábado. A intenção era não tirar o Tiago naquele momento, mas conversando com os diretores nós decidimos, por bem, trocar. Achamos que devia trocar, mudei de opinião em três dias. Infelizmente o futebol é dinâmico. Jogador não teve influência nenhuma em tirar treinador. Nunca teve influência de jogador, nem para pôr, nem para tirar”, contou.

Sobre um novo técnico para o time, Andrés não deu um prazo para a contratação. “Abelão (Abel Braga), Dorival (Junior), se formos numerar aqui, a cada duas horas vai aparecer um nome. Rogério (Ceni) é um grande profissional, está se mostrando um grande treinador. Temos opções, vamos ver o que acontece. Se eu falar que será amanhã, e não for amanhã, vocês (jornalistas) criticam. O quanto antes possível”, completou.

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