Sexagenário
Produtos das bancas do Mercadão vão do pastel ao xarope
Curiosos ou saborosos, produtos são a principal marca do espaço tradicional no Centro de Americana
Por Valéria Barreira
19 de julho de 2019, às 07h56 • Última atualização em 19 de julho de 2019, às 14h59
Link da matéria: https://liberal.com.br/especiais/produtos-das-bancas-do-mercadao-vao-do-pastel-ao-xarope-1044907/
Um passeio sem pressa pelos corredores do Mercadão pode acabar em descobertas para os consumidores mais atentos e curiosos. O local oferece muito mais que o tradicional pastel. Há bancas com produtos curiosos como xaropes para tosse vendidos em garrafinhas e itens nobres como o bacalhau da Noruega e o milho espanhol torrado.
O “bacalhau verdadeiro”, como destaca o comerciante Michel Barone Dean, é o carro-chefe do Empório Bella Mar e, dependendo da época, ganha status de astro e lugar de destaque, pendurado na fachada.
“Vendemos o ano inteiro, mas especialmente nas datas especiais como Semana Santa, Natal e Ano Novo”. A novidade ali é o milho espanhol, mas o curioso mesmo é o Xarope da Vovó Isabel.
A iguaria vem da Amazônia, é vendida em garrafinha e sua fama de ser boa para acabar com a tosse corre de boca em boca. “Vim comprar porque uma amiga indicou. Já comprei antes e como funcionou indiquei também para uma prima”, disse a dona de casa Fernanda de Oliveira.
Se ao invés de xarope, a opção for por chá, dá para perder um tempinho escolhendo entre mais de cem opções. Há de todo tipo. Do “canela de velho” ao moringa, famoso por suas propriedades anti-inflamatórias.
Na gastronomia, o casal Darlene e Julio Cesar Santana, da Pastelaria Santana, inovou num ambiente dominado por pastéis e apostou na coxinha de massa de mandioca para se diferenciar e atrair clientes.
“A massa é uma receita de família. Quem criou foi meu sogro, mas meu marido aperfeiçoou e tem dado certo”, diz Darlene. Além do clássico recheio com carne de galinha, há ainda a de costela e carne seca. “Temos clientes de Limeira e Nova Odessa que vem aqui para comer nossa coxinha”, comemora Julio.
O casal trabalha sozinho na pastelaria que leva o sobrenome da família, exceto nos finais de semana quando o movimento aumenta e eles ganham a companhia da filha de 15 anos. A massa é preparada ali mesmo, aos olhos do cliente, na banca que fica na galeria externa do Mercadão.
Quem passa apressado talvez não perceba, mas num cantinho onde até há pouco tempo funcionava a última banca de frutas do local, há um espaço reservado para doces caseiros, daqueles que não se encontra em supermercados. E com um detalhe: todos são feitos no próprio Mercadão.
Doce de abóbora, figos em calda, mamão ralado e em pedaços. As opções são várias e provam que os amantes de doces também têm vez no Mercadão. “Meu marido faz tudo e aqui mesmo. Já experimentamos comprar doces de terceiros, mas não é bom”, diz Márcia Santana, da Pastelaria Porfírio, que além dos doces (e do pastel), vende também caldo de cana e água de coco.
As lojas do Mercadão