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Sexagenário

Charme agrega valor e mantém clientela fiel

Influência na vida social e econômica de Americana resiste ao passar dos anos

Por Valéria Barreira

19 de julho de 2019, às 07h45 • Última atualização em 19 de julho de 2019, às 14h59

O Mercadão tem a tradição a seu favor e muitos dos seus clientes são fieis, acostumados a comprar produtos encontrados em outros locais, mas que ali ganham charme extra e funcionam como atrativo.

Uma das bancas pioneiras conserva heranças dos velhos tempos, como a antiga balança e as latas, agora vazias, que armazenavam os grãos vendidos por quilo. Há também itens de mercearia, mas é o fumo de corda vendido aos pedaços que faz a fama do local. O comerciante Nencir Antonio Zangiácomo, de 82 anos, é o dono da banca. Motorista de caminhão, ele deixou a profissão para substituir o pai no Mercadão, há 42 anos.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
 Seu Nencir, aos 82 anos, é um dos mais antigos donos de banca no Mercadão Municipal, onde vende cigarrilhas de palha e fumo de corda

“Isso aqui era bem movimentado. Na sexta-feira, às duas horas da tarde, chegavam as mercadorias para o final de semana, mas não dava nem tempo de colocar na prateleira. Vendia tudo antes”, lembra.
Atualmente, a banca vive em função dos produtos de tabacaria, como as cigarrilhas de palha e o fumo de corda. “Eu estou aqui por causa do fumo. Vendo um enlatado ou outro, mas se não fosse o fumo de corda,
eu já teria fechado”.

A doméstica Késia Teixeira Silva é uma das clientes fiéis. Ela mora no bairro Antonio Zanaga, trabalha no Nova Carioba e se desloca até o centro da cidade para comprar o fumo da banca de Nencir.

O Mercadão em fotos:

O produto está na sua família há mais de uma geração. “Meu pai usava, meu sogro usava e agora é o meu marido. E ele não aceita outro. Só esse aqui”, diz. O perfil de Kesia é o de boa parte dos clientes que frequentam o espaço com certa regularidade.

A professora aposentada Fátima Quintal mora em Sumaré. Quando vem para Americana, passa pelo Mercadão para comprar sabão caseiro na banca que vende produtos de limpeza. Da última vez levou duas barras grandes. A mãe, de 82 anos, Elza Sônego Ferreira Quintal, é fã do produto para lavar roupa e louça.
“Levo bastante porque ela acaba dividindo com as vizinhas”, conta.

As lojas do Mercadão


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