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Eleições 2020

Partidos estimam de 5 mil a 6,5 mil votos para um eleger vereador em Americana

Sem coligações, eleição deste ano pode beneficiar candidatos bem votados em partidos menores

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13 de outubro de 2020, às 08h18 • Última atualização em 19 de outubro de 2020, às 08h16

Os líderes dos partidos de Americana acreditam que será necessário entre 5 mil e 6,5 mil votos para conseguir uma das 19 cadeiras da câmara. Esta será a primeira eleição em que os candidatos a vereador não poderão concorrer por meio de coligações.

O número de votos estimado tem como base o quociente eleitoral, que engloba apenas os votos válidos e é divido pelo número de cadeiras em disputa. Votos brancos e nulos são descartados na equação.

175.416 é o número de eleitores que estão aptos a votar em Americana – Foto: Antonio Augusto / Ascom / TSE

De acordo com o setor de estatísticas do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo), Americana conta com 175.416 eleitores aptos a votar neste ano. No pleito de 2016, eram 171.182, o que representa elevação de 2,4%.

Na última eleição, foram 116.732 votos válidos (83,97%), 14.368 nulos (10,34%) e 7.914 brancos. O índice de abstenção foi de 18,79%, ou seja, 32.164 eleitores não compareceram para votar.

Assim, o quociente eleitoral ficou em 6.143, que corresponde aos votos válidos divididos pelas 19 cadeiras. A principal diferença neste ano que é que não haverá coligações, o que em tese dá mais chances para partidos menores elegerem vereadores na “sobra”.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na eleição proporcional, é o partido que recebe as vagas, e não o candidato. Estarão eleitos aqueles que tenham recebido votos  em número igual ou superior a 10% do quociente eleitoral.

Portanto, caso o indicador seja novamente de 6.143 votos, um partido que consiga 19 mil votos elegerá seus três vereadores mais bem votados.

As vagas não preenchidas desta forma serão distribuídas entre todos os partidos que participarem da eleição, independentemente de terem ou não atingido o quociente eleitoral, com base na média de cada legenda.

O impacto da mudança fica mais fácil de entender quando analisado o caso de Nathália Camargo (Avante), que foi a quarta candidata mais bem votada de Americana em 2016, com 1.595 votos. Ela estava no DEM e não se elegeu porque a coligação não atingiu o quociente eleitoral.

Se a mesma votação tivesse acontecido neste ano, a candidata teria chance de se eleger na sobra.

Contas
Presidente do PSDB em Americana, Roger Willians acredita que o quociente eleitoral ficará entre 6 mil e 6,5 mil votos.

O objetivo do partido é fazer quatro cadeiras “com tranquilidade” e buscar uma quinta na sobra. Atualmente, os tucanos ocupam três assentos.

“Esse ano vamos ter esse tempero a mais, que é justamente a eleição por sobra, o que dá mais chance para praticamente todos os partidos. O partido pequeno, se não atingir o quociente eleitoral, pode fazer na sobra. É uma conta nova em Americana, apesar de eu achar que faremos poucos vereadores na sobra”, analisou Roger.

Vice-presidente do PDT, Heber Pequeno diz que o partido vai lutar para fazer três cadeiras. A estimativa também é de 6 mil votos.

“Tem uma mudança nesse voto da repescagem, da sobra, que vai dar mais oportunidade para os partidos pequenos”, comentou.

Na coligação “Experiência para Americana Avançar”, o PV espera manter os três assentos, enquanto PL e Cidadania buscam dois cada, e o PSB almeja um.

Alguns partidos acreditam que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) pode aumentar o percentual de abstenção, o que reduziria o quociente eleitoral. É o caso do Solidariedade, que tem o vereador Marco Antonio Alves Jorge, o Kim, como candidato a prefeito.

“Vai depender muito da abstenção dos eleitores nesse pleito, que imagino maior que as anteriores. Estimamos que o quociente será de aproximadamente cinco mil votos. Duas cadeiras é a meta mínima”, disse Kim.

O PSD tem esperança de fazer três vereadores. O PSOL diz que espera ter uma “bancada” na câmara, mas não especificou o número. O PT também não deu uma estimativa de quantos vereadores espera eleger.

Já o PCdoB, único dos partidos aqui citados que não tem um candidato a prefeito, busca eleger ao menos um representante no Legislativo.

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