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Cultura

Tiago Leifert valoriza trajetória dos participantes do ‘The Voice Brasil’

Apresentador está no comando do programa musical há quase 10 anos

Por Caroline Borges / TV Press

04 de dezembro de 2020, às 09h07

A televisão é um local bastante confortável para Tiago Leifert. Apesar de estar acostumado com as lentes das câmeras e com o universo de tevê, o apresentador do “The Voice Brasil”, que é filho de um ex-executivo do Grupo Globo, é avesso aos holofotes da fama.

Longe das afetações e do glamour do vídeo, Leifert mantém seu foco em todos os processos e bastidores que evolvem um programa de tevê. À frente da nova temporada do “reality show” musical, o apresentador precisou driblar uma pandemia para voltar ao ar.

“Esse ano nos reunimos com um pouco de atraso, mas conseguimos colocar o programa no ar. A gente se adaptou, mas sem interferir na qualidade musical. Nessa temporada temos candidatos com muitas histórias para contar. Buscamos pelo país inteiro boas histórias. Deu tudo certo e conseguimos. Uma temporada difícil e cheia de regras, mas já dá para dizer que deu certo”, valoriza.

Além do “The Voice”, Leifert também apresenta o “Big Brother Brasil” e o “Zero 1” – Foto: Divulgação / TV Globo

O “The Voice Brasil” foi a primeira empreitada de Leifert longe do jornalismo esportivo na televisão. O apresentador comanda a competição musical desde a estreia do programa, em 2012. Há nove temporadas no ar, Leifert ressalta a geração de novos cantores que está se formando ao longo dos anos.

“Alguns competidores já falam que assistem ao ‘The Voice’ desde pequenos. Isso machuca um pouco (risos). Muita gente cresce e foi treinada vendo o ‘The Voice’. Com isso, alguns já chegam sabendo meio o que fazer e como funciona toda a disputa. Isso é algo que mudou muito desde a primeira temporada”, explica o apresentador, que já se deparou com um “single” de um ex-participante durante as performances da temporada atual. “Não era regravação. Era a música de alguém que já passou pelo palco do ‘The Voice’. Era uma música de uma ex-voz”, completa.

MUDANÇAS

Por conta da pandemia do novo coronavírus, o “The Voice Brasil” foi ao ar mais tarde na grade de programação da Globo. Por isso mesmo, Leifert se deparou com histórias de pessoas que tiveram suas vidas impactadas pela Covid-19.

“Tem participante que estava super bem, cantando e trabalhando com música. Mas, de repente, tudo desapareceu. Pararam de cantar, de fazer evento. O ‘The Voice’ é a volta ao palco para essas pessoas. Muitos tiveram de parar e trabalhar com outras coisas. Acho importante o esforço da Globo de colocar o programa no ar nesse momento”, afirma.

Para levar o programa ao ar, Leifert encarou algumas adaptações durante as gravações. Além do distanciamento e uso de máscara nos bastidores, o apresentador não recebe mais a família do candidato no palco. As conversas são feitas através de chamadas de vídeo.

“Com o telão, a gente conseguiu juntar uma galera da família. Antes, só vinha um ou dois membros da família. Acho que, para os próximos anos e quando tivermos uma vacina, o telão continuará. Vamos ver. A gente perdeu o abraço, mas ganhamos por outro lado também”, ressalta Leifert, que tem feitos constantes testes de RT-PCR antes das gravações. “Não é nada fácil. Parece que estão enfiando um fósforo aceso no nariz”, lamenta.

Emoções no palco

Há nove temporadas à frente do “The Voice Brasil”, Tiago Leifert confessa que os momentos das eliminações são bem complexos. Por isso, quando um candidato não é aprovado em alguma etapa, os técnicos reforçam as orientações. “Isso é um diferencial do ‘The Voice Brasil’. É algo que nem vai ao ar, uma coisa íntima nossa. Os técnicos conversam bem mais com aquele participante que não passou”, afirma.

Leifert garante que, apesar de ser uma competição, o “The Voice” busca acolher cada participante a todos os momentos da disputa. “Isso não é uma bíblia do programa, nem uma orientação da direção. Se pensar pelo lado técnico, quanto mais rápido a pessoa sair do palco para seguirmos gravando, melhor. A gente faz de tudo para que as pessoas sejam acolhidas no programa. É uma minoria que não passa. São muitas vagas”, aponta.

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