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Seriado

‘Tapas e Beijos’ volta a divertir na tevê aberta

A partir do dia 4 de agosto, a série retorna à grade da Globo para alegrar as terças-feiras

Por Geraldo Bessa / TV Press

03 de agosto de 2020, às 07h52 • Última atualização em 03 de agosto de 2020, às 13h57

O sucesso garantiu a sobrevida à “Tapas e Beijos”. Idealizada para ter apenas duas temporadas, a série criada por Claudio Paiva foi lançada em 2011, ficou no ar por cinco anos, ganhou diversos prêmios e manteve sua audiência média sempre acima de satisfatórios 20 pontos de audiência.

A partir do dia 4 de agosto, a série retorna à grade da Globo para alegrar as terças-feiras.

Em vez de um encerramento melancólico e decadente, algo muito comum na tevê, a comédia romântica protagonizada por Fátima e Sueli, de Fernanda Torres e Andréa Beltrão, respectivamente, só chegou ao fim por conta das aspirações artísticas de suas atrizes principais.

“A série foi encerrada no momento certo. As gravações dos últimos episódios foram uma choradeira generalizada, mas estava todo mundo feliz com o trabalho que foi realizado. Cada um seguiu seu caminho, mas continuamos meio família”, conta Torres.

Grandes amigas, independentes e solteiras, Fátima e Sueli dividem um apartamento no Méier, bairro do subúrbio carioca, e trabalham na Djalma Noivas, loja que aluga vestidos e artigos para cerimônias de casamento, comandada pelo sensível Djalma, de Otávio Muller. Diariamente, elas lidam com os sonhos matrimoniais de muitas mulheres e também esperam encontrar a felicidade no amor. Essa tarefa parece bem difícil, visto que a vida sentimental das duas é extremamente confusa.

Pegando elenco e equipe de surpresa, a série volta ao ar para ocupar as noites de terça durante a quarentena – Foto: Globo / Divulgação

Sueli foi casada com Jurandir, de Érico Brás, um típico malandro que não quer saber de carteira assinada. O casamento durou dois meses, mesmo assim ele volta para atormentar a vida da ex-mulher que, no momento só tem olhos para Jorge, dono da boate La Conga, vivido por Fábio Assunção.

O galã, entretanto, é pai da rebelde e dominadora Bia que, inicialmente, não quer ver o pai envolvido com outra mulher. “Fico muito feliz de rever a Sueli. O programa tem um elenco incrível, histórias muito divertidas, uma direção espetacular e uma equipe de criação primorosa. Tenho certeza de que será muito bem recebido agora”, elogia Beltrão.

A situação de Fátima também é complexa. Apaixonada pelo sedutor Armane, dono de uma pequena importadora interpretado por Vladimir Brichta, ela espera pelo dia em que será realmente levada a sério pelo amado. Os dois iniciaram o romance quando Armane ainda era casado com outra e hoje vive com a promessa de que o casamento só acontecerá quando os filhos dele ficarem adultos.

Com elenco ainda formado por nomes como Fernanda de Freitas, Daniel Boaventura, Kiko Mascarenhas, Orã Figueiredo, Natália Lage e o saudoso Flávio Migliaccio, a reprise da série será especial e contará com dois episódios todas as terças. A ideia da Globo é fazer um compilado das melhores edições das cinco temporadas.

“O conflito feminino entre profissão e vida amorosa ainda é muito comum. Acho que tratar isso com verdade e muito humor é o nosso grande trunfo. A série se manteve no ar em canais pagos, está disponível no streaming e agora e volta à tevê aberta. Não imaginava que fosse ficar esse tempo todo sendo exibida. Como criador, fico muito contente com esse resultado”, valoriza o roteirista Cláudio Paiva.

Uso da tecnologia

Gravada em uma realista cidade cenográfica que reunia vários signos e características do bairro de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, a estética de “Tapas e Beijos” foi se aprimorando à medida em que a série se desenvolvia. A fidelidade aos detalhes arquitetônicos dos bares, calçadas, cores e toda a gama de informações do multifacetado bairro era auxiliada pelo uso do Virtual Backlot, tecnologia que possibilita estender digitalmente as imagens de um determinado local.

O trabalho começava pela captação de imagens cotidianas do bairro que, na pós-produção, são somadas às cenas da cidade cenográfica. “Para dar maior veracidade às imagens, aspectos de cor, brilho e iluminação são corrigidos e equiparados para que não haja nenhum elemento destoante e estranho no resultado final”, explica a cenógrafa Luciane Nicolino.

Para o diretor artístico Maurício Farias, o “pacote” envolvendo elenco talentoso, equipe técnica e as as divertidas histórias de Claudio Paiva é plenamente capaz de divertir novamente o público durante a quarentena. “Séries de humor são um gênero tradicional na tevê aberta. A gente tinha orgulho disso e fazia tudo com muita paixão. Acho que essa reprise é mais um reconhecimento desse empenho”, analisa o diretor.

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