Cultura
Suspense marcado
Em “Desalma”, Nikolas Antunes explora uma atuação mais sombria em história repleta de mistérios
Por Márcio Maio / TV Press
20 de novembro de 2020, às 10h52
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Antes de ser escalado para interpretar o sombrio Roman Skavronski de “Desalma”, Nikolas Antunes tinha chamado a atenção na pele do ogro Simão de “Liberdade, Liberdade”, em 2016, e do boa praça Marcelo de “Espelho da Vida”, entre 2018 e 2019. Mesmo assim, quando procuravam, na emissora, um ator para o personagem masculino principal da nova série do Globoplay, demoraram a chegar a uma solução.
“Estavam com dificuldade de encontrar o perfil, estavam cogitando até atores europeus. Eu tinha terminado ‘Espelho da Vida’, veio o convite e casamos”, conta Nikolas.
Em “Desalma”, Nikolas divide a interpretação de Roman com Eduardo Borelli, que interpreta o personagem em 1988. Na história, o rapaz é bonito, atraente, sensual e provocador, mas vai embora de Brígida ainda jovem.
Em 2018, porém, ele já é um executivo de uma multinacional, pai de duas garotas, que se encontra abatido por conta de uma doença e aparece morto em uma cachoeira. “Não é fácil dizer quem é o Roman e muito menos o que ele pode virar. Roman sempre foi bem ambicioso e esse detalhe fez diferença”, destaca.
Raio X de Nikolas Lessa Antunes
Nascimento: 25 de julho de 1982, em Recife, Pernambuco.
Atuação inesquecível: Simão, em “Liberdade, Liberdade”, exibida pela Globo em 2016.
Interpretação memorável: Javier Bardem, como Anton Chigurh em “Onde os Fracos Não Têm Vez”, filme de 2007, dirigido por Ethan Coen e Joel Coen.
Momento marcante na carreira: Contracenar com a Fernanda Montenegro, em “Doce de Mãe”, série da Globo, em 2014.
Com quem gostaria de contracenar: Irandhir Santos.
Se não fosse ator, seria: Cozinheiro.
Ator: Daniel Day-Lewis.
Atriz: Fernanda Montenegro.
Novela: “Paraíso Tropical”, escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares, em 2007.
Vilão marcante: Coringa, interpretado por Joaquim Phoenix no longa “Coringa”, lançado no ano passado.
Personagem mais difícil de compor: Simão, de “Liberdade, Liberdade”.
Que novela gostaria que fosse reprisada: “Roque Santeiro”, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, entre 1985 e 1986, exibida pela Globo.
Que papel gostaria de representar: “Muitos”.
Filme: “Madame Satã”, filme de 2002, dirigido por Karim Aïnouz.
Mania: “De questionar”.
Um medo: “De não conseguir ajudar”.
Projeto: “Ser feliz”.