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Aventura pensante

Sheron Menezzes exalta importância histórica da trama de “Novo Mundo”

Atriz é só felicidade com a exibição da edição especial da novela, onde pode acompanhar a história como espectadora e se rever grávida em cena

Por TV Press

19 de junho de 2020, às 22h00

Organização sempre foi o forte de Sheron Menezzes. Por muito tempo, a atriz manteve um olhar muito pragmático sobre a própria carreira e o planejamento de seus próximos passos. Até que, em 2017, durante as primeiras gravações de “Novo Mundo”, se descobriu grávida.

Depois do susto, uma nova postura floresceu na atriz. Muito mais leve e confiante, resolveu encarar o folhetim na íntegra e deu à luz o pequeno Benjamin cerca de um mês depois do final das gravações, em outubro do mesmo ano.

Sheron é só felicidade com a exibição da edição especial de “Novo Mundo”, onde pode acompanhar a história como espectadora e se rever gravida em cena na pele da decidida Diara – Foto: Divulgação / TV Globo

Três anos depois e no aconchego do lar por conta da pandemia de coronavírus, Sheron é só felicidade com a exibição da edição especial de “Novo Mundo”, onde pode acompanhar a história como espectadora e se rever gravida em cena na pele da decidida Diara.

“Me emociono todos os dias. É uma trama de aventura, mas com um contexto histórico muito forte. Diara me reservou cenas bem difíceis e, mesmo sendo muito autocrítica, tenho gostado das sequências”, ressalta.

Na trama assinada pela dupla Thereza Falcão e Alessandro Marson, Diara era uma escrava quando conheceu o nobre austríaco Wolfgang, de Jonas Bloch. Os dois se apaixonaram, casaram, mas ainda sofrem preconceito por parte da sociedade, que não aceita a união de um homem branco e rico com uma preta ex-escrava.

A relação é motivo de muito incômodo, especialmente, para Sebastião, o traficante de escravos vivido por Roberto Cordovani. As diversas tentativas de separar o casal tiveram efeito contrário e, para proteger a esposa dos olhares maldosos do povo, Wolfgang acaba comprando títulos de nobreza de Dom Pedro I, de Caio Castro.

Mesmo nobre, ela continua a ser destratada pela corte e burguesia da época, o que desperta em Diara a defesa da liberdade dos negros escravos.

CARREIRA
Novelas de época são uma constante na trajetória de Sheron. Logo em sua estreia na televisão, a atriz experimentou a década de 1930 na pele da batalhadora Júlia de “Esperança”, exibida pela Globo em 2002. De lá para cá, integrou o elenco de produções como “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes”, “Lado a Lado” e “Liberdade, Liberdade”.

Totalmente à vontade no gênero, a atriz se cerca de cuidados e referências para não se repetir em cena. A preparação para “Novo Mundo”, inclusive, foi uma das mais completas imersões em grupos já presenciada por Sheron para uma novela de época.

Cinco meses antes da estreia, todo o elenco passou por um intenso “workshop” sobre a História do Brasil durante o primeiro império, além de aulas de viola, violino, piano, balé, luta, luta com espada, equitação, prosódia, caligrafia, pintura, tiro, etiqueta, carruagem, canto e dança africana.

Foi dançando, inclusive, que a atriz gravou uma das cenas mais marcantes de sua carreira. “Estou ansiosa para rever a sequência em que a Diara se redescobre como quase uma rainha africana. Ela está andando pela rua e todos os escravizados começam a cantar para ela, que começa a dançar no meio deles. Foi um momento muito importante para mim”, valoriza.

Depois da estreia sob a batuta de Luiz Fernando Carvalho, a trajetória de Sheron seguiu em uma crescente. Em 18 anos de Globo, passou pelo posto de “patricinha” afetada em “Duas Caras”, chorou muito ao viver a humilde e iludida Milena de “Caras & Bocas”, enveredou pelo romantismo moderno da Sarita “Aquele Beijo” e se divertiu com a mau-caráter Gisele na recente “Bom Sucesso”.

‘Tem de valer a pena’

O nascimento de Benjamin acabou invertendo a ordem de prioridades de Sheron Menezzes. Uma das atrizes mais prolíficas do elenco da Globo, ela manteve uma incansável média de um trabalho por ano desde 2002.

Após cumprir a licença-maternidade, convites começaram a surgir, mas Sheron resolveu não se envolver com nenhuma produção de longa duração durante os primeiros dois anos do filho. Seu único compromisso no período foi a dublagem da minissérie “Meu Nome é Liberdade”, produção da emissora inglesa BBC que a Globo exibiu no início de 2019.

Pouco tempo depois, uma sondagem sem pressão fez Sheron acertar sua volta às novelas a partir das vilanias de Gisele de “Bom Sucesso”. A boa repercussão do folhetim e da personagem ficaram em sintonia com uma nova postura da atriz em relação à tevê: para deixar o filho pequeno em casa, o papel tem de valer a pena.

Instantâneas

  • Em 2003, a atriz mostrou sua porção apresentadora no programa especial “Fábulas Modernas”, produção da RBS TV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul.
  • Por sugestão da numerologia, em 2010, Sheron acrescentou mais um Z ao sobrenome.
  • A atriz é apaixonada por Carnaval. Tanto que já foi Rainha de Bateria da Portela em 2011 e 2012. Fiel à Escola de Samba, ela atualmente desfila no posto de musa.

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